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ENFERMAGEM
Profissional une organização e bem-estar de paciente
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem imagina que a rotina de
uma enfermeira de hospital não
passa de algumas visitas a quartos
de pacientes e da aplicação de injeções está enganado. Cássia
Guerra, 39, formada em enfermagem há 17 anos, tem entre suas tarefas o direcionamento das vagas
dos leitos, a auditoria de contas, a
supervisão da qualidade do atendimento e a previsão e provisão
de recursos humanos e materiais.
Ela é coordenadora de desenvolvimento administrativo do
Hospital Sírio-Libanês, em São
Paulo. Cássia é responsável por
três setores do hospital -a unidade de cirurgias abdominais, a
de ortopedia e a de atendimento a
pacientes urológicos e nefropatas.
"Quem imagina que um enfermeiro é um tarefeiro está enganado. É um profissional que tem de
tomar decisões o tempo inteiro, e
decisões que envolvem a saúde
das pessoas. Tem de ter muita responsabilidade e muito fundamento científico", diz Cássia.
De acordo com ela, quem considera prestar vestibular para essa
carreira deve ter bem claro que o
trabalho em equipe e o dinamismo são essenciais.
"Tudo fecha na enfermeira, todos os setores que envolvem o
atendimento e o bem-estar do paciente. Desde a equipe de higiene
até nutricionistas, médicos, centro de diagnósticos, copeiras."
A maior parte da realização das
tarefas fica, de acordo com ela,
com os auxiliares. "A diferença é
que um enfermeiro tem curso superior e um auxiliar, apenas o técnico. Por isso o auxiliar apenas
executa, sempre sob a supervisão
de um enfermeiro responsável."
Hoje, com o cargo de coordenadora, Cássia diz ter horários mais
flexíveis. Mas, no início da carreira, ela já teve de trabalhar na noite
de Ano Novo e de abrir mão de ter
horário certo para sair.
O seu primeiro trabalho foi como enfermeira-assistente da UTI
infantil do Hospital Sabará, na capital paulista. Depois, foi enfermeira do pronto-socorro infantil
da Santa Casa de São Paulo. No Sírio-Libanês, começou como enfermeira da unidade de internação. "É uma profissão que exige
dedicação. Lidar com pessoas é
delicado", diz ela, que fez especialização em administração hospitalar e cursos de auditoria para se
preparar para a atual função.
Além de hospitais -e, neles, há
dezenas de áreas em que enfermeiros podem atuar, uma vez
que, em cada setor, há profissionais dessa área, como centro cirúrgico, centro de exames, pesquisas, etc.-, há mercado em
consultórios cirúrgicos, clínicas,
saúde pública, atendimento domiciliar, escolas e na área acadêmica.
(MS)
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