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Piadas sobre o físico estão entre as que mais irritam
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
As brincadeiras que mais irritam os descendentes de japoneses são as que citam aspectos
físicos reais ou imaginários dos
orientais, como o olho "fechado" ou o tamanho dos órgãos
genitais masculinos.
Porém, após três gerações refém do estereótipo de sério e tímido, o descendente de japoneses não só aprendeu a fazer humor como também a tirar de letra as piadas de que é alvo.
"Até por ser descendente, dependendo do público, tenho a
liberdade de usar uma brincadeira como "quando meu pai
chegou ao Brasil, começou com
um pequeno negócio", conta o
humorista Marcos Roberto
Aguena, ao comentar a brincadeira sobre o tamanho do órgão
sexual, que, pelo Datafolha,
mais irrita os descendentes do
sexo masculino (15%).
Aguena, conhecido como
"Japa", participa do ""Programa
da Tarde", na Record.
"Quem brinca com você é
porque tem carinho", opina Sabrina Sato, atração do "Pânico
na TV" e mestiça de japoneses,
libaneses e suíços.
""Eu era a pessoa que mais
fazia piada desde o colégio, apelidava quem tinha a orelha
grande de "Dumbo"", diz Sabrina, ao explicar que não liga ao
ouvir ""abre o olho, japonesa",
brincadeira que as descendentes menos apreciam (9%), ainda segundo o Datafolha.
EDUARDO OHATA é neto de japonês. Seu avô
chegou ao Brasil em 1933
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