São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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Piadas sobre o físico estão entre as que mais irritam

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

As brincadeiras que mais irritam os descendentes de japoneses são as que citam aspectos físicos reais ou imaginários dos orientais, como o olho "fechado" ou o tamanho dos órgãos genitais masculinos.
Porém, após três gerações refém do estereótipo de sério e tímido, o descendente de japoneses não só aprendeu a fazer humor como também a tirar de letra as piadas de que é alvo.
"Até por ser descendente, dependendo do público, tenho a liberdade de usar uma brincadeira como "quando meu pai chegou ao Brasil, começou com um pequeno negócio", conta o humorista Marcos Roberto Aguena, ao comentar a brincadeira sobre o tamanho do órgão sexual, que, pelo Datafolha, mais irrita os descendentes do sexo masculino (15%).
Aguena, conhecido como "Japa", participa do ""Programa da Tarde", na Record. "Quem brinca com você é porque tem carinho", opina Sabrina Sato, atração do "Pânico na TV" e mestiça de japoneses, libaneses e suíços.
""Eu era a pessoa que mais fazia piada desde o colégio, apelidava quem tinha a orelha grande de "Dumbo"", diz Sabrina, ao explicar que não liga ao ouvir ""abre o olho, japonesa", brincadeira que as descendentes menos apreciam (9%), ainda segundo o Datafolha.


EDUARDO OHATA é neto de japonês. Seu avô chegou ao Brasil em 1933


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