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A casa japonesa
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem visita dona Yoshino, 78, viúva do artista plástico Manabu Mabe
(1924-97), tem a sensação de estar entre dois mundos. Da primeira geração de imigrantes, sua casa, no Jabaquara (zona sul de São Paulo), é
uma das poucas por aqui que ainda possuem ambientes totalmente
°típicos orientais. Além de um jardim com bonsais e carpas, ela tem
anexo ao seu quarto um autêntico "tokonoma" -"um ambiente para descansar e tomar chá", como ela mesma explica.
Já Tarsila, 25, e Taisa, 23, da terceira geração, estão acostumadas, desde a infância,
com a decoração e obras do pai, o artista plástico Taro Kaneko, 55. Na casa onde vivem, na Vila Mariana (zona sul), pequenos detalhes mostram que o Japão ainda vive
por ali. Seja num "butsudan" (oratório) com penas de pássaros, seja em cerâmicas típicas, a família mostra como a integração entre os dois países é fato consolidado.
BRUNO YUTAKA SAITO é neto de japoneses.
Seus avós maternos chegaram em 1934; seus bisavós paternos, em 1913
1ª GERAÇÃO
Milton Michida/Folha Imagem
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TOKONOMA É uma sala, com tatame, usada para descanso e recepção de visitantes, a quem é oferecido chá.
Entre os elementos desse ambiente estão um quadro com shodo (caligrafia japonesa), o conjunto para chá, um mini-shôji (divisor de salas) e o furin (pequeno sino movimentado pelo vento).
3ª GERAÇÃO
Milton Michida/Folha Imagem
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SALA Ainda que os elementos tipicamente japoneses sejam minoria na decoração, aqui e ali eles marcam presença. Nesta sala de estar, o Japão aparece numa versão abrasileirada de butsudan e nas cerâmicas produzidas pela artista Shoko Suzuki.
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