São Paulo, domingo, 01 de dezembro de 2002

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Duelos de hoje agrupam histórias de sucesso e de fracasso internacional

Retrospecto fora do Brasil distancia os semifinalistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Na Vila Belmiro, dois clubes que levaram a glória de seus nomes para o mundo com quatro títulos da Taça Libertadores e três troféus do Mundial interclubes.
No Maracanã, dois históricos de projetos de internacionalização que não conseguiram alcançar o sucesso esperado.
As duas semifinais do Brasileiro, nas quais três times (o Corinthians já está classificado) disputam duas vagas na Libertadores, calharam de reunir, duas a duas, equipes com desempenho bem diferente fora do país.
Corinthians e Fluminense regozijam-se de serem os maiores campeões em seus territórios -o time paulista acumula 24 troféus do torneio estadual; o do Rio soma 29 conquistas.
Têm um belo histórico, também, em outras taças nacionais. O Fluminense venceu uma vez o Nacional e ganhou um Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o embrião do atual Campeonato Brasileiro. E o Corinthians ostenta em sua galeria um tricampeonato brasileiro e duas Copas do Brasil.
No mesmo Maracanã de hoje, o time paulista conseguiu ainda sua maior glória, o troféu do Mundial de Clubes da Fifa, em 2000.
Mas, além das fronteiras brasileiras, as coisas não são tão boas assim para um e outro.
Na Taça Libertadores da América, o Fluminense jamais foi além da primeira fase. Pior: desde 1985 não consegue nem sequer se classificar para a competição.
O Corinthians teve mais chances na competição sul-americana, mas também não teve sucesso: quando conseguiu chegar mais longe, morreu nas semifinais.
Resultados bem aquém do histórico de desempenho internacional dos times que digladiarão para ser o outro finalista.
O Santos, primeiro clube brasileiro a desbravar o estrangeiro, levantou duas das primeiras Taças Libertadores a serem colocadas em jogo, nos anos de 1962 e 1963.
Completou o ciclo de triunfos com títulos do Mundial interclubes, nas mesmas temporadas.
Mais recentemente, em 1998, sob o comando de Leão, o mesmo que estará sentado em seu banco nesta tarde, o Santos levantou o troféu da Copa Conmebol.
E o Grêmio, também bicampeão da Libertadores, alcançou o topo da América com duas gerações diferentes: uma comandada por Renato Gaúcho, em 1983, e outra liderada pelo técnico Luiz Felipe Scolari, em 1995. À primeira conquista, somou ainda um Mundial interclubes.
Nem tudo são flores, porém, para Santos e Grêmio. Se o Corinthians é o maior campeão paulista, por exemplo, o Santos, além de jamais ter vencido o Brasileiro, tem, entre os grandes do Estado, o desempenho mais acanhado no torneio (15 títulos). E, no Rio Grande do Sul, o Grêmio tem uma galeria menor de títulos do Nacional que seu arqui-rival: a conta está 3 a 2 para o Inter.



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