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Rio recebe o escrete com festa
Eram exatamente 17h15
quando o DC-7 da Pan Air pousou no aeroporto do Galeão
com os novos campeões mundiais a bordo. Uma multidão tomou conta da pista de pouso e
também de todo o entorno.
Na pista, o presidente da
Confederação Brasileira de
Desportos, João Havelange,
aguardava ansioso pela abertura da porta da aeronave. Ao seu
lado, o vice-presidente da República, João Goulart, só sorria.
O goleiro Gilmar e o defensor
Bellini foram os primeiros a
descer do avião, exibindo a Taça Jules Rimet para uma torcida extasiada e, em muitos momentos, fora de controle.
"O Brasil deve muito a vocês.
Muito obrigado, Feola", disse
Havelange ao treinador do escrete, enquanto trocavam calorosos cumprimentos.
"Fizemos somente a nossa
obrigação e levamos o nome do
Brasil ao ponto mais alto", respondeu o treinador da seleção.
Num abraço emocionado,
Havelange e Paulo Machado de
Carvalho, vice-presidente da
CBD e chefe da delegação na
Suécia, foram às lágrimas.
Estava apenas começando o
périplo dos campeões mundiais pelas ruas do Rio. Do aeroporto do Galeão, o grupo seguiu
em carro aberto num desfile
que acabou parando o centro
da capital do país.
No Catete, a delegação foi recebida com honras pelo presidente Juscelino Kubitschek.
"Vocês foram brilhantes, rapazes", repetia o mandatário,
enquanto concedia comendas a
todos os atletas e integrantes
da comissão técnica.
Os jogadores provocaram a
histeria da multidão -calcula-se que, do aeroporto ao Catete,
até 1 milhão de pessoas participaram das comemorações-
quando surgiram, ao lado de
JK, num balcão da residência
oficial do presidente brasileiro.
O avante Pelé, revelação santista, foi recepcionado por seu
pai, João Ramos do Nascimento, e sua mãe, Maria Celeste
Arantes do Nascimento.
"Deus tarda, mas não falha",
afirmou o orgulhoso pai.
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