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Violência da cidade divide a F-1
DA REPORTAGEM LOCAL
O piloto Rubens Barrichello estava um pouco errado quando declarou que todos na F-1 têm medo
de vir para o GP brasileiro, por
causa da incontida violência do
país no geral, da cidade de São
Paulo em particular.
Pelo menos um deles, o piloto
Juan Pablo Montoya, da Williams, não tem.
"Eu não. Sou colombiano!", declarou o piloto, sem nem se esforçar para explicar a questão segurança (ou a absurda falta de) no
país onde nasceu.
Mas outros têm, mesmo, bastante pavor da cidade que voltou a
receber a corrida em 1990.
"Só vou do hotel para a pista e
da pista para o hotel. E não traria
minha família para o Brasil por
esse motivo", falou o canadense
Jacques Villeneuve, da BAR.
Barrichello afirmou, em entrevista à Folha, que todos da F-1 comentavam com ele sobre o receio
de vir ao país. E que ele aconselhava: "Não saia com jóias na rua".
O medo da F-1 diante da perigosa capital paulista até extrapola as
pistas de corrida.
A repórter Louise Goodman, da
emissora inglesa ITV e ex-assessora de imprensa da equipe Williams, diz que a cidade não é das
mais preferidas no calendário do
automobilismo mundial.
"É impossível ignorar os sinais
de pobreza por toda a volta", escreveu a repórter da TV, em sua
coluna quinzenal no site da emissora na internet.
"A estrada que leva ao autódromo é cheia de favelas. Vários
membros das equipes foram
ameaçados com revólver aqui,
anos atrás. E o caminho para o
trabalho pode ser assustador
mesmo sem o medo dos assaltos
no trajeto", relatou Goodman.
"As estradas têm um buraco
atrás do outro, em alguns deles
cabem um pequeno carro dentro,
e os motoristas brasileiros estão
entre os mais loucos que eu já encontrei em todos estes anos de
F-1", prosseguiu a jornalista, em
sua descrição.
(FSX, LR E TC)
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