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EUA-84 cativaram Bernardinho
DA REPORTAGEM LOCAL
A inspiração que o técnico Bernardinho usa para tentar manter
a seleção masculina como a melhor do mundo remonta à sua
mais marcante derrota como jogador. Os EUA que foram campeões olímpicos nos Jogos de 1984
são apontados por ele como a melhor equipe de todos os tempos.
"Eles não tinham ninguém que
carregasse a equipe nas costas.
Até mesmo o Kiraly, que era um
jogador fantástico, jogava por
causa do conjunto. É a seleção
mais completa, na minha opinião", afirmou o treinador.
Em 1984, nos Jogos Olímpicos
de Los Angeles, o Brasil, que se firmava como uma grande força do
vôlei internacional, perdeu a medalha de ouro para os comandados do técnico Doug Beal.
Naquele ano, Bernardinho era o
levantador reserva do time que,
com William, Bernard, Renan,
Xandó, Montanaro e cia., acabou
entrando para a história como a
geração de prata.
Karch Kiraly seria, mais de 15
anos após a conquista, apontado
como o melhor jogador do século.
Sua equipe, no entanto, não mereceu a mesma honra. A geração
italiana que dominou o vôlei de
1990 a 1998, mas nunca conquistou um ouro olímpico, foi a eleita
pela federação internacional.
O exemplo que guardou da
equipe de 1984, Bernardinho busca aplicar hoje à seleção brasileira
que busca o lugar mais alto do pódio em Atenas. O técnico tenta
afastar do time a idéia de que um
jogador possa ser o "salvador" e
insiste que precisa ter 12 titulares.
"Foi assim que eles ganharam,
12 ótimos jogadores comandados
por um grande técnico."
Na última vez em que encontrou Doug Beal em quadra, Bernardinho levou a melhor e venceu
com facilidade, por 3 a 0, na Copa
do Mundo do Japão. Daquele torneio, realizado em 2003, o Brasil
saiu com o troféu de campeão e a
vaga para a Olimpíada na Grécia.
Já os norte-americanos amargaram apenas a quarta colocação e
precisaram de um pré-olímpico
para conseguirem carimbar o
passaporte para Atenas.
O próximo duelo está marcado
para o dia 23, quando será concluída a primeira fase do torneio
de vôleio dos Jogos Olímpicos
gregos. Até lá o Brasil já vai ter enfrentado Holanda, Rússia, Austrália e Itália.
(MARIANA LAJOLO)
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