|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Interino, Rojas escala quatro defensores contratados pela atual diretoria
São Paulo, enfim, terá zaga desejada pelos dirigentes
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria do São Paulo assistirá hoje, finalmente, à defesa que
sonhou para o time. Contra o
Atlético-MG, sob o comando do
interino Roberto Rojas, estarão
juntos em campo Rogério, Leonardo, Lugano, Gustavo Nery, Fabiano (ou Jorginho) e Adriano.
Dois seis, quatro foram contratados pela administração Marcelo
Portugal Gouvêa, que acaba de
completar um ano.
Será a primeira vez do zagueiro
uruguaio Diego Lugano entre os
titulares do São Paulo e será a primeira vez que os seis defensores
vão jogar juntos.
Lugano é a vedete do grupo.
Elogiado com entusiasmo pelo
presidente são-paulino, está incomodado com a pressão que se
criou em torno da sua performance. Teme ser "massacrado" se
uma "fatalidade" lhe acontecer e,
por isso, pede paciência à torcida.
"É ridícula essa história de que
mandaram o prestigiado Oswaldo [de Oliveira" embora por causa de um jogador de 23 anos como
eu. Se domingo [hoje" acontecer
uma fatalidade, vai sobrar tudo
para mim. E um jogador não se
faz em um jogo. Precisa de um
campeonato, de uma sequência
de jogos", afirmou o uruguaio,
que não joga uma partida oficial
desde 6 de abril, quando atuou
pelo Campeonato Uruguaio.
O lateral-direito Leonardo também é visto com simpatia pelos
dirigentes. Ex-Vasco e Palmeiras,
foi contratado para a vaga de Gabriel, criticado abertamente pela
cúpula do clube. Chegou em janeiro para ser titular, mas se machucou em março e só voltou aos
campos na semana passada.
A sua contusão (púbis) abriu espaço para o retorno de Gabriel ao
time titular, que depois virou o estopim da demissão de Oliveira.
"Estou feliz por voltar a jogar",
disse Leonardo, sem polemizar.
Fabiano, dono da vaga na lateral
esquerda, também foi apresentado como estrela pelo presidente
em janeiro, mas só ganhou a camisa 6 são-paulina em março, depois de muita espera da diretoria,
nas vésperas das finais do Paulista
contra o Corinthians.
A mudança empurrou Gustavo
Nery para o miolo de zaga, para a
vaga de Régis, que havia sido contratado do Fluminense a pedido
de Oliveira e virou, então, o segundo reserva. O lateral, que estava se destacando na sua posição,
aceitou a "transferência", mas
não as críticas frequentes contra a
zaga do São Paulo.
"Não é a minha posição [zagueiro", mas estou jogando bem
pra caramba", respondeu Gustavo Nery, referindo-se às declarações dos dirigentes após a goleada
sofrida para o Paysandu (5 a 2).
Já para o lugar de Maldonado,
que deixou o clube em março e
discute na Justiça a liberação do
seu vínculo federativo, foi contratado Adriano, ex-Portuguesa
Santista. O jogador assumiu o
posto no meio, ganhando a vaga
que antes era disputada por Júlio
Baptista, Júlio Santos e Marcelo
Gallo. Adriano ainda tem como
"sombra" o recém-contratado
Carlos Alberto, ex-Botafogo.
Só Rogério, cuja titularidade é
inconteste na equipe, e Gustavo
Nery, que ganhou lugar na zaga,
não são "crias" da atual diretoria.
Nery, chamado de "laranja podre" por Nelsinho Baptista (antecessor de Oswaldo de Oliveira),
só não deixou o clube no começo
do ano porque não quis e porque
Oliveira interferiu a seu favor -a
diretoria cogitou envolvê-lo em
negócio com o São Caetano.
No Mineirão, a partir das 16h, a
cúpula são-paulina analisará a
nata das 52 transferências (entre
idas e vindas) que comandou
desde que assumiu em abril de
2002. Kaká, com dores, pode desfalcar o time, que ainda não venceu fora de casa no Nacional.
Texto Anterior: Memória: Décadas de 80 e 90 destacaram Atletas de Cristo Próximo Texto: Memória: Oliveira usou 11 zagas distintas, e nenhuma vingou Índice
|