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PINGUE-PONGUE
Atleta crê em 3º pódio olímpico seguido do país
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de um ano e meio
afastada das pistas por causa de
uma gravidez complicada, Luciana Diniz-Knippling resolveu
retornar no ano passado. Mãe
dos gêmeos Pedro e Paulo, a
amazona, que começou a saltar
ainda nos anos 80, vive seu melhor momento. "Tudo tem a
hora certa de acontecer. Meu
momento é este", diz.
(ALF)
Folha - Por que você decidiu
tentar somente agora a vaga na
equipe brasileira?
Luciana Diniz-Knippling - Tudo tem seu momento certo.
Antes não tinha interesse em
participar e até vendi meus cavalos antes dos Jogos. Mas agora vivo um bom momento.
Folha - O fato de morar na Alemanha, uma das potências do
hipismo, deu condições para
melhorar seu desempenho?
Luciana - Sem dúvida. No
Brasil, disputei os torneios de
juniores e de amazonas. Não tinha mais nada para ganhar lá.
Por isso vim para a Alemanha
em 1989. No começo, voltava
mais. Mas, desde que me casei
[com Andreas Knippling, em
2001] e tive meus filhos Pedro e
Paulo, as visitas são mais raras.
Folha - No começo, foi difícil se
acostumar com a cultura alemã?
Luciana - Não. Anteriormente
já havia morado na Alemanha.
Não estranhei nada.
Folha - Você mantém contato
com outros cavaleiros do Brasil?
Luciana - Nos vemos mais em
competições, mas converso
com alguns. Falei com o Rodrigo Pessoa [que disputa prova
em Calgary, no Canadá] por
telefone. Costumo ver também
o Bernardo e o Doda.
Folha - Qual é a expectativa
dessa equipe brasileira?
Luciana - É preciso decidir
quem será o quarto cavaleiro,
mas é uma boa equipe. No dia
da prova, porém, tudo pode
acontecer. Há a pressão da
Olimpíada. Os cavalos não são
máquinas e também sentem.
Em Sydney, por exemplo, o
Rodrigo Pessoa teve um problema desses [com Baloubet,
sua montaria, que refugou].
Folha - É possível conquistar a
terceira medalha seguida?
Luciana - Acredito que temos
chance de chegar ao pódio tanto no concurso individual como na Copa das Nações.
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