|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mao Live reúne salada musical de samba e rock
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM
A variedade musical extrapola os limites dos ginásios olímpicos. No bairro boêmio de Gulou, é possível encontrar uma
casa noturna em que samba,
pop e rock dividem espaço democraticamente.
O Mao Live, que, apesar do
nome, não faz nenhuma referência explícita ao ex-ditador
chinês, é um dos melhores locais para ouvir bandas de rock
alternativo em Pequim. É também o lugar em que se apresenta o grupo SambAsia, que, apesar do nome e do ritmo que pretende divulgar, não conta com
nenhum brasileiro.
"Os chineses são a maioria,
98% de nosso grupo. Mas há de
tudo aqui: canadense, australiano, escocês, dois taiwaneses...", enumera o americano,
filho de filipinos, Jimmy Biala,
um dos líderes da banda.
O grupo completo conta com
cerca de 50 músicos, que realizam um espetáculo de percussão, recheado de surdos, tambores e tamborins. Lembram a
batida do Olodum, misturada a
sons caribenhos e afro-americanos. Nos momentos mais
acelerados, aproximam-se do
ritmo das escolas de samba.
Cantam em um português
arrastado, no qual é possível
distinguir um "Em Salvador"
no refrão. Parece espanhol.
Não é, garante o líder da banda.
"Uma de nossas vocalistas, a
Camila, que é canadense, viveu
no Recife. Então, sabe falar
bem português. Mas não é uma
língua fácil para os chineses",
diz Biala. "Quem sabe não faço
um samba em chinês no futuro?", completa, entre risadas.
Texto Anterior: Made in China: Qual é a música? Próximo Texto: PEQUIM 2008 'Sem choro, sem choro' Índice
|