São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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Mao Live reúne salada musical de samba e rock

ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM

A variedade musical extrapola os limites dos ginásios olímpicos. No bairro boêmio de Gulou, é possível encontrar uma casa noturna em que samba, pop e rock dividem espaço democraticamente.
O Mao Live, que, apesar do nome, não faz nenhuma referência explícita ao ex-ditador chinês, é um dos melhores locais para ouvir bandas de rock alternativo em Pequim. É também o lugar em que se apresenta o grupo SambAsia, que, apesar do nome e do ritmo que pretende divulgar, não conta com nenhum brasileiro.
"Os chineses são a maioria, 98% de nosso grupo. Mas há de tudo aqui: canadense, australiano, escocês, dois taiwaneses...", enumera o americano, filho de filipinos, Jimmy Biala, um dos líderes da banda.
O grupo completo conta com cerca de 50 músicos, que realizam um espetáculo de percussão, recheado de surdos, tambores e tamborins. Lembram a batida do Olodum, misturada a sons caribenhos e afro-americanos. Nos momentos mais acelerados, aproximam-se do ritmo das escolas de samba.
Cantam em um português arrastado, no qual é possível distinguir um "Em Salvador" no refrão. Parece espanhol. Não é, garante o líder da banda.
"Uma de nossas vocalistas, a Camila, que é canadense, viveu no Recife. Então, sabe falar bem português. Mas não é uma língua fácil para os chineses", diz Biala. "Quem sabe não faço um samba em chinês no futuro?", completa, entre risadas.


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'Sem choro, sem choro'

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