São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Bosco diz simplificar ao jogar com os pés, mas fica aquém de Rogério

DA REPORTAGEM LOCAL

O desfalque do goleiro e capitão Rogério, que pode ser de até seis meses, já foi acusado pelo técnico Muricy Ramalho.
Cabe agora ao reserva Bosco segurar a responsabilidade de entrar na vaga do maior ídolo do São Paulo nos últimos tempos. Nas vezes anteriores em que substituiu Rogério e foi questionado sobre a saída com os pés, o reserva foi direto na questão. "O segredo é fazer o simples para não complicar a jogada", comentou Bosco.
No entanto, a troca do titular por seu imediato na posição implica mudanças na forma de o time são-paulino atuar, mesmo quando a posição é o gol.
Exímio com os pés, Rogério fez dessa habilidade um diferencial também para o seu time. De acordo com números do Datafolha, no Campeonato Paulista, o camisa 1 são-paulino foi o arqueiro mais requisitado pelos atletas de linha, com média de 10,6 bolas recuadas.
Acostumados a ter o recurso de poder contar com Rogério quando pressionados pelos atacantes adversários, os zagueiros são-paulinos nunca esconderam a facilidade de ter o capacitado colega na retaguarda.
"O Rogério sempre trabalhou muito bem a bola e é uma vantagem que nós sempre utilizamos aqui no São Paulo", declarou o zagueiro André Dias.
Bom para desafogar a defesa ao receber bolas recuadas, Rogério também lidera o quesito quando o assunto é o acerto na reposição de bola em jogo.
Nas 14 partidas que disputou neste Paulista, Rogério teve 81,1% de sucesso nesse fundamento. Quem chegou mais perto foi Fabiano, do interiorano Mirassol, com a marca de 71,3% de bolas repostas com sucesso.
Com Bosco em campo, o São Paulo perde precisão para recolocar a bola em ação. O agora titular são-paulino aparece em 17º lugar entre os goleiros do Paulista, com 53,6% de acerto nas reposições por partida.
Mas os jogadores, em especial os zagueiros, declaram ter em Bosco confiança no caso de precisar fazer recuos.
"O Bosco é um goleiro muito experiente, está no clube já há algum tempo e tem a total confiança de todos. Trata-se também de um grande goleiro", afirmou o zagueiro Rodrigo.
Pouco afeito a utilizar os pés, Bosco até que foi chamado a trabalhar nas seis partidas que disputou neste ano pelo Paulista. Mas sua média nesse fundamento (seis bola recebidas por jogo) é pouco mais da metade do número de Rogério.


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