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O PERSONAGEM
Judoca dependeu de "bico" para ir a Sydney-2000
DA REPORTAGEM LOCAL
O sucessor de Aurélio Miguel na categoria mais premiada do judô brasileiro, o
meio-pesado, precisou fazer
"bicos" como segurança para ir a Sydney em 2000.
Hoje, a situação de Mario
Sabino, 31, principal nome
da categoria que obteve quatro das dez medalhas olímpicas que o Brasil tem no judô, é bem diferente.
Como integra a seleção
permanente desde a assinatura do patrocínio da Confederação Brasileira de Judô
com a Coca-Cola, ele recebe
uma verba da multinacional
de refrigerantes há um ano.
Além disso, em dezembro
do ano passado, após conquistar a medalha de ouro
no Pan de Santo Domingo e
o bronze no Mundial, o atleta assinou um contrato de
patrocínio pessoal de um
ano de duração com a Visa
-um dos patrocinadores
oficiais do Comitê Olímpico
Internacional.
"Sei que a maioria das empresas procuram patrocinar
os atletas no ano olímpico,
mas o apoio que tenho hoje
me proporciona uma condição de treinamento bem diferente da que tive para
Sydney", declarou o judoca,
que é policial militar em
Bauru (cidade a 345 km da
capital paulista).
Ele chegou até a fazer desfiles como modelo nos anos
90. Após o Pan de Santo Domingo, em agosto de 2003,
Sabino foi condecorado pela
Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo
e pelo Comando Geral da
Polícia Militar.
"Em 2000, ainda não havia
entrado na PM. Tinha uma
ajuda de custo de R$ 2.000
mensais, que vinha de uma
importadora de Bauru. Para
reforçar o orçamento, trabalhava como segurança. Hoje
posso treinar com muito
mais tranqüilidade", disse o
judoca, que tem três filhos.
Ele acredita que um resultado expressivo em Atenas
motive outras empresas a investir no esporte.
"Se eu conseguir uma medalha, acho que novas propostas de patrocínio surgirão. Se foi assim no ano passado com conquistas de menos repercussão, o cenário
deverá ser mais positivo ainda depois de uma Olimpíada", diz o judoca.
(JCA E LF)
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