DA REPORTAGEM LOCAL

Se a iniciativa privada não tem sido assediada pelo COB, a história é outra quando se trata do governo. Não satisfeito com os quase R$ 50 milhões que espera receber das loterias, o presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman, agora aumenta ainda mais a campanha a favor de uma lei de incentivo fiscal para o esporte.
Para o dirigente, o valor da Lei Piva não resolve os problemas do esporte. Por isso, ele acha que, da mesma forma que a cultura é beneficiada pela Lei Rouanet, o setor necessita de uma lei nos mesmos moldes.
As empresas que investissem em esportes receberiam, pelo projeto do dirigente, isenção fiscal. Com isso, mais uma vez o governo pagaria a conta.
A campanha, no entanto, não é só de Nuzman. Como ele, Agnelo Queiroz, ministro do Esporte, defende a criação da lei.
As confederações olímpicas vão no mesmo caminho. Reclamam que, depois de terem perdido recursos do bingo, precisam de uma compensação do governo. Proibidos de funcionar, os bingos eram uma das fontes de financiamento do setor. Eles deveriam repassar 7% de seu faturamento para clube ou federação a que estivessem vinculados. (JCA E LF)


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