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Paulistas dizem apostar em pool
DA REPORTAGEM LOCAL
Para angariar os recursos necessários para organizar os Jogos,
São Paulo aposta num pool. Segundo Lars Grael, secretário estadual de Esporte de São Paulo, o
projeto receberia investimento
dos governos municipal, estadual
e federal, da iniciativa privada, de
organizações não-governamentais e de organismos internacionais, além de repasses do Comitê
Olímpico Internacional.
""As obras para melhorar a infra-estrutura da cidade fazem
parte dos projetos não só do município, como do governo do Estado. Na verdade estaríamos
adiantando algumas realizações
que poderiam virar realidade só
em 2020 mas que, por causa da
Olimpíada, teriam de estar prontas oito anos antes", afirmou.
Segundo Nádia Campeão, secretária de Esporte de Marta Suplicy, a prefeitura disponibilizaria
1,5% de seu orçamento anual de
R$ 10 bilhões para os Jogos de
2012. Em outras palavras, seriam
R$ 150 milhões por ano, menos
do que os US$ 350 milhões que a
Prefeitura do Rio diz que disponibilizará "numa primeira etapa".
Os cariocas, no entanto, não revelaram quanto prevêem gastar
no total. Só dizem que terão um
orçamento bem mais enxuto do
que o dos paulistas, porque irão
aproveitar a estrutura a ser criada
para receber o Pan de 2007.
A prefeita de São Paulo, Marta
Suplicy, explica os US$ 10 bilhões
que seriam investidos para preparar a cidade para a Olimpíada como uma forma "de antecipar investimentos em infra-estrutura
previstos para 2020 pelos planos
da cidade e do Estado".
Sobre os US$ 2,4 bilhões que seriam gastos diretamente com os
Jogos, diz que eles "se autofinanciam". "Os recursos virão dos direitos de transmissão, licenciamento de marcas, publicidade e
venda de ingressos".
Mas não é bem assim. Montreal,
que organizou os Jogos de 1976,
teve prejuízo de US$ 1,7 bilhão.
Mesmo Sydney, em 2000, quando o marketing do movimento
olímpico teve o melhor resultado
de sua história, registrou problemas para fechar suas contas.
Recebeu US$ 1,8 bilhão dos programas de marketing e US$ 800
milhões de direitos de TV, mas
gastou US$ 1,5 bilhão na construção e melhoria das instalações,
US$ 1 bilhão na operação dos Jogos e US$ 300 milhões na implantação de um sistema de transporte provisório, sem falar nas obras
para melhorar a cidade.
(JCA)
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