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AUTOMOBILISMO
rganização da prova, 9ª do Mundial, arma estratégia para bater concorrência e seduzir público dos EUA
Em 5º GP, Indianápolis ainda explica F-1
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A INDIANÁPOLIS
É uma espécie de catecismo. E
que neste ano teve que ser reforçado por conta das mudanças no
regulamento e na data da corrida.
Pelo quinto ano seguido, Indianápolis recebe hoje uma prova de
F-1. E ainda precisa explicar quem
são os pilotos, as suas equipes, como funciona a categoria...
O GP dos EUA, nona das 18 etapas da temporada, acontece a partir das 14h, com TV. O grid de largada seria definido ontem, depois
do fechamento desta edição.
"Não dá para inventar uma tradição. Isso só vem com o tempo.
Acho que hoje o torcedor americano já está mais habituado à F-1.
Mas a popularidade ainda passa
muito longe do que a gente vê na
IRL ou na Nascar", afirmou à Folha Rob Green, porta-voz do circuito de Indianápolis.
"Estamos fazendo o máximo
para ensinar o público como é a F-1. Não é fácil. Passamos o ano todo tentando vender a corrida para
os torcedores, com campanhas na
TV, em outdoors... Mas repito: isso só vem com o tempo."
Além da F-1, Indianápolis recebe o principal evento de automobilismo dos EUA, as 500 Milhas,
etapa da IRL que ocorreu há três
semanas. E, em agosto, promove
a Brickyard 400, uma das principais provas da Nascar, o campeonato de stock car do país.
Some a essa concorrência o fato
de a F-1 não ter nenhum piloto ou
equipe americana e o de ter ficado
nove anos longe dos EUA e pronto: no seu quinto GP em Indianápolis, a categoria é uma ilustre
desconhecida do público.
Para mudar isso, além da publicidade, os promotores da corrida
lançam mão de outras estratégias.
Primeiro, tentam o didatismo.
Todos recebem um "guia do torcedor". Ele explica, por exemplo,
o trabalho das "grid girls" e chama a atenção para a largada, "que
não ocorre em movimento, como
na IRL e na Nascar".
Além disso, os telões no autódromo veiculam o dia todo informações sobre o regulamento.
Principalmente sobre os processo
de classificação para o grid, que já
mudou duas vezes neste ano e sofrerá nova alteração em julho.
Os promotores também jogaram para baixo seus preços. Por
US$ 60 (cerca de R$ 180), um torcedor pode assistir aos três dias
do evento. Para o GP Brasil, em
outubro, o ingresso mais barato
para três dias sai por R$ 280.
"A mudança da data também
atrapalhou um pouco. A longo
prazo será ótimo, porque a corrida vai se tornar uma atração do
verão [nos EUA]. Mas neste primeiro ano acho que pegou muita
gente despreparada, que já estava
acostumada com a prova mais no
fim do calendário", disse Green
-desde que voltou ao país, o GP
sempre aconteceu em setembro.
Até agora, os esforços para seduzir o público americano têm falhado. Em 2000, na volta da F-1
aos EUA, o público foi de 200 mil
pessoas. Em 2001, caiu para 175
mil. Nos últimos dois anos, só 120
mil pessoas viram as provas.
NA TV - GP dos EUA, Globo, ao
vivo, às 15h
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