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Saque eficiente arma paredão intransponível
DOS ENVIADOS A PEQUIM
Logo no início da decisão, a
postura do time brasileiro na
quadra já transmitia a sensação
de que jogava sem medo, sem
fantasmas do passado, como o
da derrota sofrida na última
Olimpíada, há quatro anos, para a Rússia na semifinal.
Começou com tanta segurança a partida que dominou o
adversário. O time estava sacando muito bem, o que facilitava o bloqueio -foram 16 no
jogo, contra 5 dos EUA.
Na Olimpíada de Pequim, as
brasileiras tiveram o melhor
desempenho nas estatísticas de
bloqueio, com quatro acertos
por set no fundamento.
"A tática [das americanas]
era tirar a Mari do jogo [sacando na ponteira]. Mas treinamos
para jogar com o passe quebrado contra o bloqueio delas", declarou o técnico Zé Roberto.
Mari era dona do melhor passe do torneio até a final. E não
se importou em ser alvo. "É coisa do jogo. Estava preparada
para tudo. A Paula e a Fabi [outras que são responsáveis pela
recepção] também."
Na derrota para a Rússia em
Atenas, Mari foi criticada, redimindo-se ontem. "Essa medalha não tem preço. Ninguém
tem nada para falar".
No quarto set da final, nervoso, Zé Roberto chegou a imaginar como seria em caso de tie-break. "Com a entrada da [levantadora reserva] Berg, elas
passaram a fazer a "china" [jogada em que a atacante passa por
trás da levantadora para atacar], criando dificuldades."
O temor de Zé Roberto não
passou pela cabeça das jogadoras. A central Walewska sentiu
frio na barriga só quando ouviu
o Hino Nacional no pódio. "Sabíamos que a perda do segundo
set foi porque nós jogamos mal,
não que elas estivessem bem.
Dependia só da gente. Nosso
grupo é muito regular."
Esse foi o discurso de praticamente todas as jogadoras.
Em 25 sets no torneio, o Brasil
perdeu apenas um.
(EA E ML)
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