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Conquista vem acompanhada de "resposta'
DA ENVIADA A PEQUIM
"Ficamos tentando responder a uma coisa que não tinha
resposta." Fabi nem estava no
grupo que falhou em Atenas-2004, mas, após o triunfo no
Ginásio Capital contra os EUA,
foi a primeira a aparecer diante
das câmeras pedindo silêncio
-Mari, eleita a grande vilã na
Grécia, repetiu o gesto.
Direcionado, segundo a líbero e a ponta, aos que atacaram o
time por não conseguir vingar
em momentos decisivos. "Quero silêncio total porque somos
campeãs olímpicas. Tem que
aplaudir de pé", disse Mari.
A seleção, de fato, entrou em
2008 marcada pela ausência de
resultados expressivos e pela
apreensão pelo que poderia
apresentar na China.
No Pan-Americano do Rio-2007, mesmo completa e favorita à medalha de ouro, a equipe
sucumbiu diante de Cuba na final. Depois, amargou a quinta
posição no Grand Prix, a pior
desde o sétimo lugar em 2003.
Naquele ano, porém, o time
passava pela maior crise já enfrentada no vôlei do Brasil. Cinco titulares haviam pedido dispensa por problemas de relacionamento com o técnico
Marco Aurélio Motta, e o desempenho do elenco, recheado
de novatas, despencou.
O treinador saiu do cargo no
fim de 2003, e Zé Roberto teve
pouco tempo para preparar a
equipe para os Jogos de Atenas.
O último compromisso da seleção em 2007 foi a Copa do
Mundo. Até fez boa campanha,
mas terminou como vice, mantendo a escrita de nunca ter
conquistado o título do torneio.
Neste ano, antes de Pequim,
o Brasil, em claro sinal de recuperação, foi campeão do Grand
Prix. A maturidade aflorou na
China. "Isso aqui [o ouro] mostra tudo, é a prova que a gente
sabia que ia chegar", declarou a
central Fabiana.
(ML)
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