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GEOGRAFIA
Apesar de crise econômica, país vai bem em 2003 no tênis, no futebol e até nas milionárias ligas dos EUA
Esporte argentino leva ano de sucessos para Roland Garros
DA REPORTAGEM LOCAL
Um país quebrado, mas com o
esporte em alta. No popular futebol, passando pelas competitivas
modalidades profissionais americanas até os elitistas golfe e tênis, a
Argentina brilha em 2003.
Prova disso acontece a partir de
amanhã em Paris, quando pelo
menos dez tenistas do país, só na
chave masculina e sem contar os
resultados finais do qualificatório,
estarão disputando, com ótimas
chances de ganhar o título, o Torneio de Roland Garros, um dos
quatro Grand Slams do circuito.
No tênis, aliás, está a parte mais
visível do boom argentino no esporte. São dez jogadores entre os
cem melhores do mundo, marca
só superada por Estados Unidos e
Espanha -o Brasil tem apenas
três atletas nessas condições.
Na semana passada, em Hamburgo, a Argentina fez história ao
ser a primeira nação a colocar
quatro jogadores nas semifinais
de um Masters Series.
Entre as mulheres, o país não
faz feio -são duas jogadoras entre as 30 melhores do planeta.
No futebol, apesar do fracasso
na última Copa do Mundo, os representantes do país que decretou
moratória no final de 2001 ostentam uma supremacia total contra
os brasileiros na temporada.
River Plate e Boca Juniors eliminaram, respectivamente, Corinthians e Paysandu na Taça Libertadores. Os dois times de Buenos
Aires venceram os jogos de ida
das quartas-de-final e podem se
enfrentar nas semifinais.
Nas categorias de base, a Argentina, pela primeira vez na história,
conquistou, deixando o Brasil para trás, os Sul-Americanos sub-17
e sub-20 no mesmo ano. Na primeira categoria, os brasileiros
perderam uma supremacia de
quatro edições do torneio.
O Brasil também sofreu nas
mãos do vizinho em esportes individuais. Jose Meolans desbancou Gustavo Borges e Fernando
Scherer e tornou-se o maior astro
da natação latino-americana
-tem as melhores marcas da região na temporada nos 50 m e 100
m livre e nos 100 m borboleta.
Eldorado americano
O milionário esporte americano
também vê o triunfo argentino.
Graças, em boa parte, aos chutes precisos do portenho Martin
Gramatica, o Tampa Bay Buccaneers, pela primeira vez na história, ganhou, no início do ano, o título da NFL, a liga profissional de
futebol americano.
Outro argentino que brilha no
eldorado do esporte é Emanuel
Ginóbili. Depois de um início de
pouco brilho, o ala ganhou espaço
e é uma das principais armas do
San Antonio Spurs, que disputa,
com o Dallas, atualmente a final
da Conferência Oeste da NBA -a
Argentina, aliás, é a atual vice-campeã mundial de basquete.
Modalidades em que antes só
brasileiros entre os sul-americanos tinham destaque agora também contam com argentinos.
É o caso do motociclismo. Neste
ano, Sebastián Porto foi contratado pela Honda para pilotar na categoria 250 cc e não decepciona
-divide com um concorrente a
terceira colocação do Mundial.
Em esportes pouco conhecidos
por aqui, o cenário argentino
também é positivo.
No ano passado, a equipe feminina argentina de hóquei na grama, modalidade olímpica e que é
coqueluche por lá, conquistou o
título mundial. De quebra, Luciana Aymar, jogadora do time, foi
eleita a melhor atleta do mundo.
O golfe, que ainda engatinha no
Brasil, tem atletas argentinos jogando os torneios mais famosos
do planeta. -são três representantes entre os cem melhores no
ranking masculino.
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