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FUTEBOL
Num torneio em que os grandes clubes sofrem com escassez de craques na posição, Petkovic surge como o destaque
BR-04 se rende a brilho de sérvio com a 10
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
No país do futebol quem está
dando as cartas neste Brasileiro é
o meia vascaíno Petkovic.
Contratado a peso de ouro para
reforçar o combalido Vasco na
competição, o meia sérvio ofuscou seus concorrentes fazendo jus
ao quilate da camisa 10.
E Petkovic chega para ocupar o
vácuo deixado por Alex, que em
2003 comandou o Cruzeiro com a
autoridade que sua camisa exigia.
Estrangeiro com maior número
de gols anotados em Brasileiros
-já marcou 46 vezes- Petkovic
tem a estatístca como testemunha
do seu desempenho impecável.
Com dez gols em 11 jogos, ele tem
a melhor média entre os aspirantes à artilharia: 91% de eficácia
dentro do torneio.
O goleador do Nacional continua sendo o atacante Alex Dias,
do Goiás, com 14 tentos.
Acostumado a ir para as redes,
Petkovic tem ainda o segundo
melhor aproveitamento em assistência no Brasileiro. Ao lado de
Edílson, que também tem dez
gols na competição, Petkovic deixa o atleta baiano para traz se for
comparada também a sua eficiência como garçom.
Dos seus pés, saíram quatro bolas para os companheiros estufarem as redes. O sérvio só perde
nesse fundamento para o volante
palmeirense Corrêa que teve seis
assistências.
De quebra, o vascaíno ainda é o
jogador que mais dribla no time
carioca, com uma média de 3,8
fintas por partida.
Diante de tanta eficiência, resta
ao técnico Geninho colocar todo
o time para jogar em função do
"gringo." "Ele realmente é um jogador diferenciado. Sabe armar
jogadas e fazer gols com facilidade. Com o Petkovic o Vasco ganhou outra cara para brigar com
os seus concorrentes", declarou o
treinador vascaíno.
Mas o brilho de Petkovic contrasta com a falta de jogadores
que justifiquem o peso da camisa
10 na competição.
Entre os paulistas, a escassez de
um craque do naipe de um camisa
10 é cada vez mais flagrante.
No São Paulo, que falhou na Libertadores, a camisa mais famosa
perambulou com Marquinhos e
Danilo, e segue sem um dono legítimo. No líder Santos, que está
perdendo Diego para o futebol
português, Luxemburgo adapta a
equipe para um futebol solidário.
Já no Palmeiras, o treinador Estevam Soares convive com a instabilidade de Pedrinho, enquanto
que no Corinthians, só agora Gil
começa a recuperar o futebol que
parecia tê-lo abandonado.
No Rio, a situação é ainda pior.
O lanterna Flamengo vive da inspiração do limitado Jônatas, enquanto que no Botafogo o brilho
maior fica com o camisa nove
Luizão, que precisa fazer as vezes
de armador e artilheiro para tentar levar o time à frente.
Nem o Fluminense, melhor carioca no BR-04 antes da rodada de
ontem, com 24 pontos na 11ª posição, a camisa dez tem destaque. O
time segue refém da camisa 11 do
interminável Romário.
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