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Brasil tenta final, e Bernardinho fala em ficar pós-Jogos
No Maracanãzinho, time pega EUA, "pedra no sapato", por vaga na decisão da Liga Mundial e meta de igualar Itália
Sobre continuidade no cargo depois de Pequim, treinador afirma que, "se alguns jogadores ficarem, será difícil deixar os caras"
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Diante de ""uma pedra no sapato", a seleção brasileira tenta
hoje, às 10h, uma das vagas na
final da Liga Mundial. O time
de Bernardinho enfrentará os
EUA, segundo colocado no outro grupo e um dos mais tradicionais rivais da equipe nacional. A decisão do torneio será
amanhã, também no Rio, às
12h30. O outro finalista sai do
jogo entre Sérvia e Rússia.
""Eles sempre foram uma pedra no sapato. Sabem jogar bem
contra a seleção e já nos venceram em partidas importantes.
Os norte-americanos são os
que mais nos estudaram. Talvez eles saibam mais do Brasil
do que nós. Por isso, temos que
jogar bem concentrados para
evitar surpresa", afirmou o técnico Bernardinho, que deu ontem uma pista sobre o seu futuro na seleção após os Jogos de
Pequim, no mês que vem.
Embora tenha declarado que
vai diminuir o seu ritmo de trabalho depois da Olimpíada da
China, o treinador disse que
um pedido dos jogadores mais
experientes pela sua permanência poderá mantê-lo no cargo, que ocupa desde 2001.
""Ainda não pensei nisso. A
minha percepção está em Pequim. Isso [a permanência] depende de uma série de fatores.
Passa até pelos próximos resultados da equipe. Mas, se alguns
jogadores ficarem, será difícil
deixar os caras", disse Bernardinho, que poderá parar de trabalhar em clubes após os Jogos
de Pequim. Ele é técnico da
equipe feminina do Rio.
Antes, o presidente da CBV
(Confederação Brasileira de
Vôlei), Ary Graça Filho, tinha
declarado que o treinador ficaria na seleção depois de Pequim-08. Segundo ele, os dois
já fecharam um acordo verbal.
Mesmo com o favoritismo da
seleção na partida de hoje, o
meia-de-rede Rodrigão acredita que o time nacional terá que
jogar bem melhor contra os
EUA do que na partida de ontem, contra o Japão. ""Nos desconcentramos porque o Japão
é fraco. Amanhã [hoje], a responsabilidade é outra. Todos
querem nos derrotar e temos
que nos superar", afirmou.
Ontem, no Maracanãzinho
lotado, a seleção venceu os japoneses por 3 a 0, mas quase
perdeu o segundo set. O Japão
enviou uma delegação com
apenas nove atletas, na qual somente dois vão disputar os Jogos de Pequim. A Federação Internacional de Vôlei já anunciou que punirá a federação local. A multa aos japoneses deve
ser de cerca de US$ 100 mil.
Além de conquistar o título
no Rio, a seleção brasileira tenta nesta edição da Liga Mundial
igualar a façanha da Itália, campeã oito vezes. Desde 2003, a
equipe de Bernardinho não
perde uma final do torneio.
""Será gostoso chegar nesse
ponto", disse o atacante Giba,
que, com dor no pescoço, participou ontem só do primeiro set.
NA TV - Brasil x EUA
Globo e Sportv, ao vivo, às 10h
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