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São Paulo, domingo, 27 de abril de 2003

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Caso divide agência antidoping

GEORGE VECSEY
DO "THE NEW YORK TIMES'

As acusações feitas pelo ex-diretor de controle de drogas do Usoc, Wade Exum, de que a entidade encobriu casos positivos, dividiu os próprios membros da Wada, a Agência Mundial Antidoping.
"Prefiro ver esse material divulgado do que escondido", afirmou Richard Pound, presidente da Wada, que se manifestou logo que a benevolência dos EUA em relação aos testes de Carl Lewis e de outros atletas veio a público.
Apesar disso, Pound, que é canadense, não subestimou o erro de Ben Johnson, que chegou a pedir de volta a medalha de ouro dos 100 m em Seul-1988 que perdeu por ter sido pego no antidoping.
"Nosso atleta mereceu perder sua medalha", afirmou Pound, que qualificou Lewis como "hipócrita" ao rir da desgraça de seu maior rival nas pistas.
Alguns dirigentes da Wada, porém, têm opinião diversa e dizem que Exum criou um sério problema para o futuro ao entregar os nomes de vários atletas.
"Ele parece ter mudado de opinião por ter perdido seu cargo. Devia ter divulgado tudo quando fazia parte da entidade. Não me parece ético expor os nomes em público", disse o americano Gary Wadler, que é membro da Wada.
O Usoc, atolado por denúncias de corrupção e investigado pelo Congresso dos EUA, minimizou as acusações. "As pessoas estão repetindo o que aconteceu há dez ou 15 anos atrás", disse William Martin, presidente do comitê.


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