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Parceria entre Chedids e Eurico
leva Bragantino à terceira divisão
DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A chegada de 17 jogadores (a
maioria juniores) e de uma comissão técnica, todos com salários pagos pelo novo parceiro. Esse era o plano dos dirigentes do
Bragantino para levar o time de
volta à elite do futebol brasileiro.
Entretanto, a parceria firmada
com o Vasco, em agosto deste
ano, resultou na pior performance do time de Bragança Paulista
(83 km de São Paulo), após sua ascensão no futebol nacional, em
90, quando conquistou o título
paulista, sob o comando do técnico Wanderley Luxemburgo.
Assistido pelo clube de Eurico
Miranda, o Bragantino foi rebaixado para a Série C do Brasileiro,
na última terça-feira, quatro rodadas antes do término da fase de
classificação da segunda divisão.
Em 22 partidas, o time de Bragança venceu apenas duas e empatou quatro. De resto, são 16 derrotas, 50 gols sofridos (média de
2,27 por jogo) e só 18 marcados.
O parceiro carioca também está
ameaçado na principal divisão
nacional. Até o início da última
rodada, era o 20º colocado com 23
pontos ganhos em 19 jogos.
Nem a presença dos veteranos
Gil Baiano, João Santos e Alberto
(que participaram da campanha
do vice-campeonato brasileiro,
em 91, sob o comando do tetracampeão Carlos Alberto Parreira), ajudaram o Bragantino.
"O time foi montado na última
hora. A culpa não é da parceria.
Tanto que quero que ela continue", disse o presidente do clube
Marco Antônio Abi Chedid.
O dirigente foi o responsável pelo acordo. Marco Antônio é filho
do deputado estadual do PSD, vice-presidente da CBF e patrono
do Bragantino, Nabi Abi Chedid.
Como o presidente do Vasco
(que não foi reeleito deputado federal, no Rio, pelo PPB), Nabi não
conseguiu seu 11º mandato na Assembléia Legislativa paulista.
O presidente do Bragantino
afirmou que o problema do time
não é financeiro, apesar de funcionários e jogadores, pagos pelo
clube, reclamarem de atraso em
seus vencimentos salariais.
"Agora, eu não lembro os valores das contas do clube, mas, tirando algumas pendências trabalhistas, nós não temos dívidas. Temos sim problemas políticos",
afirmou Marco Antônio.
Segundo o dirigente, a derrocada do time começou em 1997,
quando seu tio, Jesus Chedid,
abandonou o Bragantino por divergências políticas com seu pai.
"Como outros times do interior,
não temos apoio do poder público", disse o presidente. Jesus é o
prefeito de Bragança Paulista.
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