|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
F-1
Raikkonen, 3º no Mundial, larga na pole, à frente de Montoya, vice-líder, que sai em 4º, e do líder Schumacher, em 7º
Grid embaralha decisão do campeonato
DO ENVIADO A INDIANÁPOLIS
O GP dos EUA tem tudo para
promover uma reviravolta na F-1.
Ontem, na definição do grid, foi
assim. E, se a corrida terminar da
maneira como começar, o Mundial chegará à sua última etapa, no
Japão, com uma cara diferente.
Com um sorriso jovem, meio
inibido, de um piloto que sempre
fracassou em Indianápolis e que
chegou a este final de semana como azarão, correndo por fora.
Terceiro colocado no Mundial,
o último entre aqueles que têm
chances de título, o finlandês Kimi Raikkonen, da McLaren, conquistou a pole position. Só isso já
seria ótimo para ele. Mas foi ainda
melhor. Foi excelente. Porque o
colombiano Juan Pablo Montoya,
o vice-líder, largará em quarto. E,
principalmente, porque o alemão
Michael Schumacher, o líder, sairá bem atrás, na sétima posição.
O brasileiro Rubens Barrichello,
companheiro do pentacampeão
na Ferrari, é o segundo no grid.
A largada para a penúltima etapa da F-1, será às 15h, com TV.
Se o trio mantiver as mesmas
posições até o fim da corrida, Suzuka verá uma decisão de título
eletrizante. Raikkonen chegaria
ao Japão como novo líder do
Mundial, com 85 pontos. Montoya e Schumacher empatariam na
vice-liderança, com um a menos.
Nono colocado no treino pré-classificatório, anteontem, o finlandês encaixou uma volta perfeita na sessão que definiu o grid.
Cravou 1min11s670, superando
em 0s250 Olivier Panis, da Toyota, até então o pole provisório.
O seguinte a entrar na pista foi
Schumacher, oitavo colocado na
sexta-feira. Sob vaias dos torcedores colombianos, que tomaram as
monumentais arquibancadas de
Indianápolis, o alemão fez uma
volta pífia: 1min12s194.
Restava, ainda, Montoya, que
entraria no último bloco. As arquibancadas vibraram quando
ele abriu a volta. Mas, 1min11s948
depois, decepcionadas, constataram que ele não estava à frente.
Foi a segunda pole da carreira
de Raikkonen. Foi, ainda, a concretização de uma promessa.
Antes mesmo de viajar para Indianápolis, ele já havia declarado
que se esforçaria ao máximo para
conseguir um bom resultado.
"Eu não tenho muita alternativa. Sou o terceiro colocado e preciso arriscar um pouco mais do
que os meus dois adversários."
Risco, talvez, de largar leve, com
pouco combustível, e ser obrigado a um pit antes que os outros.
Ontem, porém, comemorou
não só a concretização de seu objetivo como também os maus resultados dos rivais. "Obviamente
estou muito feliz por mim e por
toda a equipe. O fato de os dois terem ficado lá atrás vai tornar ainda mais interessante a batalha pelo título", disse. "Espero que, na
prova, aconteça a mesma coisa."
Seu retrospecto em Indianápolis, porém, é péssimo. Em duas
participações, nunca chegou ao final. Em 2001, seu ano de estréia na
categoria, pela Sauber, abandonou na segunda volta, com um
problema mecânico. Em 2002,
deixou a corrida após 50 voltas,
com o motor estourado.
A definição do grid praticamente confirmou que a decisão do título será mesmo no Japão.
Único piloto em condições de
fechar o Mundial hoje, Schumacher precisa chegar no mínimo
em segundo lugar. Nessa situação, torceria para Montoya não ir
além de um oitavo lugar e para
Raikkonen chegar, no máximo,
em quarto. Se vencer a corrida, o
alemão será campeão com Montoya chegando no máximo em
sexto, e Raikkonen, em terceiro.
Mas essas contas já parecem
coisa do passado. Com o grid tão
embaralhado, após a prova de hoje muito provavelmente Schumacher terá que aprender uma outra
matemática. Muito mais complicada para quem busca o hexacampeonato.
(FÁBIO SEIXAS)
NA TV - GP dos EUA, Globo, ao
vivo, às 15h
Texto Anterior: F-1: Schumacher desperdiça o 1º serviço em Indianápolis Próximo Texto: Em dia ruim, ferrarista não entende o carro Índice
|