|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Foco
Empresa monta QG com "olheiro eletrônico" para observar e vender atletas
Eduardo Anizelli/Folha Imagem
|
|
Em sala da Traffic, Dario Pereyra monitora jogadores
DA REPORTAGEM LOCAL
No passado, jovens jogadores costumavam se informar sobre a presença de
olheiros de times grandes
em suas partidas. Uma boa
atuação podia ser o passaporte à ascensão na carreira.
No presente, a sorte grande é aparecer nas telas de um
escritório no Itaim, zona sul
de São Paulo, onde funciona
a Traffic. É a trilha para uma
transferência.
A empresa mantém uma
sala de observação, na qual
rodam partidas das séries A e
B do Brasileiro, Estaduais e
outros DVDs com lances específicos de jogadores.
É o centro de um esquema
para olhar jogadores, capitaneado pelo ex-zagueiro e ex-técnico Dario Pereyra.
"Procuramos os jogadores
em destaque para fazer um
relatório. Temos observadores que indicam, temos amigos. Fazemos deslocamentos pelo país. E pedimos material em vídeo para vários
lugares", contou o uruguaio.
Outra fonte de informação
é um serviço de estatística,
da Footstats, que é contratado pela Traffic. Serve como
uma complementação da
observações de técnicos.
Também há, claro, ofertas
de jogadores para a Traffic.
Além disso, são acompanhados campeonatos de juniores, principalmente pela
equipe do Desportivo Brasil,
pertencente à Traffic. O ex-jogador Pita, por exemplo,
está incluído nesse estafe.
Dario Pereyra contou que
é comum, principalmente na
base, topar com concorrentes, que podem ser empresários ou olheiros de clubes.
Não há um perfil físico de
jogadores a serem procurados -podem ser altos, baixos, rápidos ou lentos. Mas é
preciso que sejam jovens,
para ter valor na revenda.
"Atletas acima de 27 anos
só vamos contratar se for para botar no time de algum
parceiro que tem carência na
posição", explicou Dario Pereyra, que é uruguaio.
Sua equipe faz o relatório
para a diretoria da Traffic,
que decide pela contratação
e usa seus agentes para fechar o negócio.
Na outra ponta, a ilha de
TV da Traffic também serve
para repassar os jogadores já
na carteira da empresa. São
preparados vídeos de 10 a 15
minutos com esses atletas,
que são disponibilizados na
internet para assinantes, entre empresários e clubes.
Já há cem jogadores expostos. A Traffic tem condições de saber quem acessa a
imagem de cada jogador. Assim, fecha o ciclo comercial.
Texto Anterior: Em ascensão, Traffic tem dez sócios no Brasileiro Próximo Texto: Ronaldinho ofusca Pato em Cingapura Índice
|