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O PERSONAGEM
Com o gol do ouro, "El Manchado" sai redimido de Atenas
DO ENVIADO A ATENAS
Pode ter sido um discurso
ensaiado. E, se foi, funcionou.
Criticado em 2003 por ter preferido disputar o Mundial interclubes pelo Boca Juniors a
defender a seleção no Mundial
sub-20, Carlos Tevez fez questão de se redimir ontem.
"Esse título tem um sabor
maior, muito forte, diferente
de qualquer vitória que eu tive
pelo Boca", disse o atacante.
"Esse é o ponto mais alto que
já alcancei na minha carreira."
Declarações que, somadas à
sua origem humilde e aos gols
pelo clube de La Bombonera, o
mais popular da Argentina,
devem catapultar sua idolatria.
Ontem, ele também falou sobre o início de carreira. "Quero
dedicar esse ouro ao meu pai,
por tudo o que ele sofreu e pelo
tanto que ele se sacrificou para
que eu me tornasse jogador."
"Carlitos" Tevez nasceu em 5
de fevereiro de 1984 em Buenos Aires e cresceu em Fuerte
Apache, bairro mais perigoso
da capital. Quanto tinha só dez
meses, sofreu um acidente
com água fervendo que queimou seu corpo da orelha direita até o peito. Daí seu outro
apelido: "El Manchado".
Torcedor do Boca, começou
nas categorias de base e ao ser
lançado ao time titular, aos 17
anos, sua identificação com a
torcida foi imediata. Faltava-lhe, porém, um desempenho
marcante pela seleção. Não falta mais. (FSX)
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