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Clubes travam
"guerra fria" por
poder no futebol
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
Mais do que os três pontos
do clássico de hoje, no Morumbi, São Paulo e Corinthians disputam maior poder de influência nas decisões do futebol brasileiro.
Fora de campo, com os
microfones desligados, no
caso do São Paulo, ou ligados, no do Corinthians, os
arqui-rivais travam uma
verdadeira "guerra fria" nos
bastidores desde que Marcelo Portugal Gouvêa assumiu
o comando do Morumbi,
em abril deste ano.
Inferiorizados em relação
ao Palmeiras, que tem Mustafá Contursi na cúpula do
Clube dos 13, os dois times
duelam para ver quem comandará a Liga Nacional.
O São Paulo saiu na dianteira logo após a posse de
Gouvêa. O presidente são-paulino conseguiu colocar
um homem de sua confiança
-Juvenal Juvêncio- na secretaria-geral da Liga Rio-São Paulo, encabeçada por
Eduardo José Farah. O projeto, porém, ruiu junto com
a liga, que perdeu importância com a extinção do regional decretada com a divulgação do calendário da CBF.
A dobradinha Farah-Gouvêa ganhou corpo a partir da
negociação envolvendo Ricardinho. O presidente da
Federação Paulista, enfraquecido, pediu o apoio do
são-paulino. Em troca, ofereceu-se como cabo eleitoral
de Gouvêa na liga e convenceu o Corinthians a ceder o
meia por R$ 6 milhões.
O são-paulino também se
reuniu secretamente com
Alexandre Kalil (Atlético-MG), Mario Celso Petraglia
(Atlético-PR) e Fernando
Miranda (Sul-Minas) para
discutir mudanças no C13 e
lançou sua candidatura à
presidência da liga. Foi só a
reunião vir a público para,
imediatamente, o vice corintiano Antonio Roque Citadini vetar a pretensão do rival.
"Acho um péssimo nome."
No Corinthians, não se admite a hipótese de ter o são-paulino na presidência da
nova entidade. Próximo de
Fábio Koff, presidente do
C13, Alberto Dualib tenta
costurar um nome que dê
força ao Corinthians. Ou que
pelo menos neutralize Gouvêa, a quem pediu para que
não lhe dirigisse a palavra.
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