São Paulo, quarta-feira, 30 de julho de 2008

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Diego Hypólito treina para acertar a última passada

"Ainda falta um pouco de resistência" ao bicampeão mundial de solo, diz técnico

Inclusão do movimento que leva o nome do ginasta, de grau maior de dificuldade, na série eliminatória é uma das dúvidas para Pequim


LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO

O bicampeão mundial do solo, Diego Hypólito, começa a definir hoje a série que apresentará na prova classificatória dos Jogos de Pequim.
A dez dias da estréia na competição, o atleta e seu técnico, Renato Araújo, têm ainda algumas dúvidas acerca dos movimentos que ele realizará em seu aparelho de preferência. E também quanto à participação na prova do salto em Pequim.
Após o treino de hoje, quando está prevista uma simulação do evento na China, a dupla espera ter elementos para traçar o que o ginasta mostrará em sua estréia olímpica. O martelo será batido só no treino de pódio -espécie de ensaio geral do torneio, já no ginásio e com a aparelhagem da competição.
"O solo ainda não está 100%", declarou Araújo. "Ainda falta um pouco de resistência no final da série, para a última passada", explicou o treinador.
Com isso, eles cogitam apresentar uma rotina com menor grau de dificuldade na prova qualificatória, marcada para 9 de agosto. "Como o Diego ganhou o Mundial com uma diferença de pontos razoável para o segundo e o terceiro colocados, dá para adotar essa estratégia."
O treinador explica que, se faltar gás no final da série, será melhor reduzir o grau de dificuldade na qualificação. Só um movimento na série ideal gera dúvida: o Hypólito. Se ele não for realizado, a primeira passagem terá em seu lugar o duplo twist carpado, que sairá da última diagonal para a entrada do duplo twist grupado, pois não pode haver repetição de movimentos na série.
Se fizer o movimento que introduziu no código de pontuação, a nota de partida -pontuação que exprime o grau de dificuldade da série e depois é combinada à avaliação da execução para definir a nota final do competidor- será 16,90.
Na outra hipótese, será 16,70, que é a mesma nota de partida com a qual Diego venceu o Mundial no ano passado.
A final do solo é uma semana após a eliminatória. Araújo crê que até lá Diego terá condições de fazer a rotina completa.
A presença na prova de salto (que requer duas execuções) está indefinida devido a alguns contratempos que enfrentou no ano -passou por artroscopia no joelho, contraiu dengue e encarou dores no pé e nas costas. Por isso, Diego foi obrigado a abrir mão de mais provas -sua classificação para Pequim permite competir em todos os aparelhos e no individual geral.


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