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Diego Hypólito treina para acertar a última passada
"Ainda falta um pouco de resistência" ao bicampeão mundial de solo, diz técnico
Inclusão do movimento que leva o nome do ginasta, de grau maior de dificuldade, na série eliminatória é uma das dúvidas para Pequim
LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO
O bicampeão mundial do solo, Diego Hypólito, começa a
definir hoje a série que apresentará na prova classificatória
dos Jogos de Pequim.
A dez dias da estréia na competição, o atleta e seu técnico,
Renato Araújo, têm ainda algumas dúvidas acerca dos movimentos que ele realizará em
seu aparelho de preferência. E
também quanto à participação
na prova do salto em Pequim.
Após o treino de hoje, quando está prevista uma simulação
do evento na China, a dupla espera ter elementos para traçar
o que o ginasta mostrará em
sua estréia olímpica. O martelo
será batido só no treino de pódio -espécie de ensaio geral do
torneio, já no ginásio e com a
aparelhagem da competição.
"O solo ainda não está 100%",
declarou Araújo. "Ainda falta
um pouco de resistência no final da série, para a última passada", explicou o treinador.
Com isso, eles cogitam apresentar uma rotina com menor
grau de dificuldade na prova
qualificatória, marcada para 9
de agosto. "Como o Diego ganhou o Mundial com uma diferença de pontos razoável para o
segundo e o terceiro colocados,
dá para adotar essa estratégia."
O treinador explica que, se
faltar gás no final da série, será
melhor reduzir o grau de dificuldade na qualificação. Só um
movimento na série ideal gera
dúvida: o Hypólito. Se ele não
for realizado, a primeira passagem terá em seu lugar o duplo
twist carpado, que sairá da última diagonal para a entrada do
duplo twist grupado, pois não
pode haver repetição de movimentos na série.
Se fizer o movimento que introduziu no código de pontuação, a nota de partida -pontuação que exprime o grau de dificuldade da série e depois é
combinada à avaliação da execução para definir a nota final
do competidor- será 16,90.
Na outra hipótese, será 16,70,
que é a mesma nota de partida
com a qual Diego venceu o
Mundial no ano passado.
A final do solo é uma semana
após a eliminatória. Araújo crê
que até lá Diego terá condições
de fazer a rotina completa.
A presença na prova de salto
(que requer duas execuções)
está indefinida devido a alguns
contratempos que enfrentou
no ano -passou por artroscopia no joelho, contraiu dengue
e encarou dores no pé e nas costas. Por isso, Diego foi obrigado
a abrir mão de mais provas
-sua classificação para Pequim
permite competir em todos os
aparelhos e no individual geral.
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