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Brasileiros preferem ação e aventura em casa
DA REPORTAGEM LOCAL
Na hora de escolher um
DVD, os brasileiros preferem
filmes de ação e aventura. A comédia vem em segundo lugar,
policiais, em terceiro, e suspense em seguida (veja quadro ao
lado). Os dados são da pesquisa
Target Group Index, do Ibope.
Outro sucesso são as séries de
TV, e quem se dá bem, obviamente, é a Globo. "Os Normais" foi o DVD mais vendido
da Globo Marcas. Superou as
cerca de 45 mil cópias de sua
versão para o cinema e de longas da Globo Filmes, entre eles
"Cidade de Deus", "Lisbela e o
Prisioneiro" e "Carandiru".
Nos EUA, o "boom" de séries
em DVDs, como "Friends",
vem obrigando os estúdios a
renegociar contratos com produtores e escritores, para incluir um percentual do lucro.
As vendas são um negócio de
US$ 15 bilhões no país (no Brasil, não há dados oficiais. A
União Brasileira de Vídeo estima que tenham sido vendidos
8,8 milhões cópias em 2003,
quase o dobro de 2002).
Outro grande negócio é relançar programas antigos, ou
seja, gerar lucro com material
de arquivo. "Os Maias", por
exemplo, foi veiculada na Globo em 2001 e será lançada agora em DVD, com nova edição.
"O DVD representa uma importante alternativa para a TV
Globo estender o ciclo de vida
das obras que foram exibidas
no passado", diz José Luiz Bartolo, diretor da Globo Marcas.
"A série do "Fantástico" [com
reportagens antigas] tem vendido muito bem, e estamos
pensando em lançar outras no
mesmo segmento", afirma.
Até 2003, havia no país 3 milhões de aparelhos de DVD,
contra 21 milhões de vídeos, segundo a Eletros (associação
dos fabricantes de eletroeletrônicos). A venda de DVD players cresceu 177% no primeiro
trimestre deste ano em relação
ao mesmo período de 2003.
O DVD ainda é um objeto de
consumo da elite brasileira,
mas aos poucos penetra nas
classes C e DE. Segundo o Ibope, das casas que possuem um
aparelho, 72% são da classe AB,
24% da C e 3,73% da DE.
Paulo Saab, presidente da
Eletros, calcula que o videocassete ainda deva ser fabricado
por mais cinco anos e que a
quantidade de DVD players supere a de vídeo em dez anos.
Segundo ele, o consumidor
está agregando o DVD player
ao vídeo, e não o substituindo
-principalmente porque a
maioria dos digitais não grava a
programação da TV. Uma possibilidade, na opinião de Saab,
é que o DVD e o CD player se
"casem", já que o primeiro é
capaz de executar a função do
segundo.
(LAURA MATTOS)
Colaborou Silvana Arantes, da Reportagem Local
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