|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Deborah Colker faz estréia "mais madura" em SP
Desde março na estrada com "Cruel", coreógrafa diz que espetáculo passou por alterações; "É como estrear de novo"
Colker, que nesta coreografia não sobe ao palco com os bailarinos, prepara-se para dirigir peça para o Cirque du Soleil
ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem escuta Deborah Colker falar sobre a estréia de seu
espetáculo "Cruel", amanhã,
em São Paulo, pode pensar que
se trata de uma première nacional, dado o misto de entusiasmo e nervosismo carregados no discurso da coreógrafa
carioca. Nada disso.
Até chegar ao teatro Alfa, onde faz temporada de duas semanas, "Cruel" passou pelo
Festival de Teatro de Curitiba,
pelo interior de São Paulo, pelo
Rio e, mais recentemente, por
sete capitais do Nordeste. Mas
os seis meses na estrada não
tranqüilizam Colker.
"Estrear em São Paulo agora
é como estrear de novo. Estamos trabalhando muito para
mostrar um "Cruel" cada vez
mais maduro. Como sempre,
estou com medo de não ter ninguém na platéia", afirma Colker, como se não fosse uma artista de renome internacional
-a ponto de ter sido convidada
pelo Cirque du Soleil a dirigir
um espetáculo da trupe canadense, com estréia prevista para abril do ano que vem.
Fluidez
"Cruel" chega a São Paulo
após passar por leves alterações, que, para Colker, no entanto, são enormes.
"Tirei uma valsa de Chopin
no primeiro ato, o do baile, que
estava perdida ali. Parece pouco, porque é só um minuto a
menos de coreografia, mas dá
muito mais fluidez ao espetáculo", considera.
"Cruel" traz duas grandes
novidades na história de quase
15 anos da Cia. Deborah Colker.
Trata-se do primeiro espetáculo em que a coreógrafa não está
em cena e também o primeiro
com uma dramaturgia assumida, incluindo a participação de
um diretor de teatro (Gilberto
Gawronski). O resultado é que
os bailarinos vivem personagens do começo ao fim da coreografia, que pode ser chamada de dança-teatro.
O espetáculo começa com
um grande baile, onde pares se
encontram. Depois, ainda no
primeiro ato, há cenas em volta
de uma mesa, onde acontecem
reuniões de família, mas também grandes discussões. É ali
que surge uma bailarina dançando com facas. No segundo
ato, vários espelhos multiplicam os intérpretes.
CRUEL
Quando: estréia amanhã; de qua. a
sab. às 21h, dom. às 18h. Até 21/9.
Onde: teatro Alfa (r. Bento Branco
de Andrade Filho, 722, tel. 0/xx/
11/5693-4000)
Quanto: de R$ 40 a R$ 90
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos
Texto Anterior: Bethânia recebe Shell e lembra Caymmi Próximo Texto: Comida: Made in Asia Índice
|