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Músico faz "fortuna crítica" como escritor
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Todo dia ele não "faz tudo sempre igual", como a mulher de sua
música "Cotidiano". Chico Buarque é o compositor, é o letrista, é o
músico e cantor, claro, mas chega
aos 60 mais do que nunca escritor.
Desde 1991, quando estreou oficialmente na literatura (expurgados aí um infantil, peças e a novela
"Fazenda Modelo", de 1974), Chico foi o exemplo mais bem acabado no Brasil do bordão "sucesso
de público e crítica".
"Estorvo", "Benjamin" e "Budapeste", seus três romances, na
ordem de nascimento, já venderam a maiúscula marca de 435 mil
exemplares, segundo sua editora,
a Companhia das Letras. É bem
menos do que Paulo Coelho, mas
uma média muito maior do que a
de quase qualquer outro romancista brasileiro vivo.
No quesito crítica, a banda passa fazendo ainda mais barulho.
Basta olhar a seção "fortuna crítica" instalada no escanteio das páginas voltadas à literatura no site
www.chicobuarque.com.br.
Intelectuais como o saudoso escritor português José Cardoso Pires, seu compatriota Saramago,
críticos como Roberto Schwarz,
poetas como o saudoso José Paulo
Paes, coleguitas como Caetano
Veloso: todos parecem se acotovelar para catar a poesia que encontram em seu chão.
Mais? O mundo. "Estorvo" está
em dez países, o circuito Elizabeth
Arden e um pouco mais; "Benjamin", mais esquivo, em cinco.
"Budapeste", lançado há menos
de um ano, já está negociado com
15 idiomas, aí incluídos norueguês, turco, polonês e o húngaro,
"protagonista" do romance.
Em inglês o livro recente do autor ganhará outro charme às
19h15 do dia 10 de julho. Uma espécie de "Chico Buarque" da literatura norte-americana, Paul
Auster lerá trechos de "Budapeste" na Festa Literária Internacional de Parati, a Flip.
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