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Brasileiros transmitem coleções ao público
DA REDAÇÃO
No Brasil, grandes colecionadores também souberam dar forma
e reconhecimento a suas reuniões
de objetos e documentos históricos. O empresário e bibliófilo José
Mindlin, 88, coleciona livros há 75
anos e diz que "esse conteúdo patológico de compulsão é agradável e incurável". Sua biblioteca
conta hoje com 30 mil volumes, 15
mil dos quais formam uma importantíssima brasiliana, que deve ser doada à USP. "A coleção
tem de ser feita com amor. Não é
só a preocupação de juntar livros,
mas principalmente a da leitura,
do conhecimento", diz Mindlin.
Conhecimento era também um
dos motivadores do imperador
dom Pedro 2º (1825-91), amante
das artes e das novidades, que se
embrenhou na pesquisa e na coleção de fotografias. Atualmente,
220 peças da coleção estão expostas no Instituto Cultural Banco
Santos, em São Paulo, na mostra
"De Volta à Luz".
Para a colecionadora mineira
Ângela Gutierrez, 52, que desde os
14 anos junta oratórios e imagens
de Santa Ana, trata-se de um "vírus que está no sangue". Seu pai
colecionava peças que contam a
história dos ofícios brasileiros e
que devem compor um museu
em Belo Horizonte. Os oratórios,
dos séculos 17 ao 20, pertencem
hoje ao Museu do Oratório, em
Ouro Preto, criado por ela mesma. "O prazer de doar faz parte da
experiência de colecionar, é uma
vocação das grandes coleções."
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