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Beuys e Klein estão entre os expoentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Há divergências sobre
as origens da performance
como manifestação artística: poderia ter surgido
com os dadaístas no início
do século 20 ou com ações
contra o mercado da arte
nos Estados Unidos e na
Europa nos anos 60. O fato
é que artistas como Yves
Klein, Joseph Beuys, Flavio de Carvalho, Hélio Oiticica e Lygia Clark já foram ligados ao suporte.
Em 1931, Flavio de Carvalho desafiou uma procissão de Corpus Christi
na rua em São Paulo e encarou uma multidão enfurecida. Correu para casa e
pintou um quadro, em que
tentou retratar as emoções do momento. Ninguém entendeu, mas foi a
primeira performance na
arte brasileira.
Mais de 30 anos depois,
Wesley Duke Lee daria
continuação à história
com seu happening no
João Sebastian Bar, em
que convidou o público a
ver sua série "Ligas" no escuro, lanternas em punho.
Sua namorada simulou
um strip-tease e bolhas de
sabão flutuavam no ar.
Fora do país, uma hipótese é que a performance
teria começado no início
do século 20, quando artistas como Tristan Tzara,
autor do manifesto dadaísta, liam poesias num
café, em Zurique.
Mas a modalidade só ganhou expressão como gênero nos anos 60, com nomes como: Yves Klein, que
pintou um manequim de
azul e o fez rolar sobre
uma tela em branco, numa
paródia da arte representativa; Chris Burden, famoso pela performance
em que pediu a um amigo
que lhe desse um tiro no
braço; e Joseph Beuys, que
já se trancou numa galeria
com um coiote e tentou
ensinar arte contemporânea a uma lebre morta.
Nos anos 70, os britânicos Gilbert & George cunharam o termo "escultura viva", quando se apresentaram cantando, pintados de dourado. Naquela
década, no Brasil, Hélio
Oiticica e Lygia Clark ficaram conhecidos por sua
arte participativa.
(SM)
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