São Paulo, sábado, 26 de julho de 2008 |
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TRECHO Koshuya era uma hospedaria barata, situada em frente à entrada norte que nos levaria a Shimoda. Seguindo atrás da trupe, subi ao primeiro andar, que mais parecia um sótão. O teto não possuía forro e era tão baixo que quase batia em nossas cabeças. Sentamos próximos à janela que tinha vista para a rua. - Seus ombros, não estão doendo? -perguntou a senhora para a dançarina, querendo certificar-se de que estava tudo bem. - E suas mãos? A pequena dançarina, por sua vez, fazia gestos muito bonitos como se estivesse tocando tambor. - Não estão doendo. Veja, estou tocando, estou tocando! - Que bom! Tentei erguer o tambor. - Céus! Que pesado! - Isso é mais pesado do que o senhor pensa. Pesa mais que sua mochila -disse rindo. Extraído de "A Dançarina de Izu", de Yasunari Kawabata Texto Anterior: Crítica/ "A Dançarina de Izu" e "Beleza e Tristeza": Estréia de Kawabata exalta o pudor Próximo Texto: Crítica: "Livro do Chá" vê grandiosidade de "pequenas coisas" Índice |
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