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Ingleses do Who lideram o hall da vergonha do rock
ANTHONY BARNES
DO "INDEPENDENT"
Suas extravagâncias quando
saíam em turnê e as guitarras destruídas nos palcos criaram um
modelo para gerações de bandas.
Agora, o Who foi reconhecido como rei do comportamento repulsivo, em uma pesquisa da BBC divulgada na semana passada.
Eles derrotaram concorrentes
fortes, como Ozzy Osbourne e Jimi Hendrix, graças a um histórico
insuperável que inclui brigas a socos no palco, consumo prodigioso de drogas e, de acordo com certos boatos, entrar de Rolls-Royce
na piscina de um ricaço.
A lista dos dez momentos favoritos de "excesso no rock" foi
compilada pela 6 Music, uma estação digital da BBC, com base em
milhares de votos de ouvintes.
A segunda posição ficou com a
dupla KLF, que dentre outras travessuras, deixou uma carcaça de
carneiro na entrada da cerimônia
do Prêmio Brit Pop, em 1992, e
disparou cartuchos de festim com
uma metralhadora contra a platéia de um show.
"O príncipe das trevas" Ozzy
Osbourne, ex-vocalista do Black
Sabbath que reconquistou fama
mundial com sua família no programa "The Osbournes", da
MTV, vem em terceiro, depois de
três décadas de agressão ao seu
corpo com uma quantidade avassaladora de drogas.
Ele conquistou seu lugar na lista
com um incidente que ocorreu
em 1982. Sua mulher, Sharon,
confiscara suas roupas para impedir que ele continuasse bebendo, mas Osbourne resolveu o problema colocando um dos vestidos
dela para procurar um bar em San
Antonio, no Texas. Horas depois,
foi preso por urinar no Álamo
(um forte onde os texanos se defenderam heroicamente contra
um ataque mexicano em 1836).
Morrissey fica em quarto lugar,
não por comportamento indevido de sua parte, mas graças a um
brincalhão que assistia a um show
de sua banda, os Smiths. Enquanto o ativista vegetariano Morrissey cantava "Meat Is Murder", foi
atingido no rosto por algumas salsichas. "Algumas entraram na
minha boca. Foi horrível. Tive de
correr do palco e vomitar", relembra ele. "Comer carne é a coisa
mais repulsiva em que consigo
pensar. É como morder a avó".
O incendiário baterista do Who,
Keith Moon, foi responsável por
muitas das histórias mais notórias, como a demolição de privadas usando bombinhas caseiras, e
a detonação de sua bateria, causando danos permanentes à audição de Pete Townshend, seu companheiro de banda. O baixista
John Entwistle, outro de seus colegas, certa vez disse que o comportamento de Moon parecia
"engraçado quando relembrado
como lenda, mas, se você estava
envolvido, era um pé no saco".
O baterista morreu aos 31 anos,
em 1978, de uma overdose de medicamentos usados para tratar
seu alcoolismo.
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