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Geografia explica crescimento vertical
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Limitada fisicamente pelo Parque Estadual da Serra da Cantareira e pelo rio Tietê, a zona norte
de São Paulo não teve muitas alternativas de crescimento além da
crescente verticalização das moradias. A geografia explica a explosão de 41% de acréscimo no
número de prédios residenciais
na região nos últimos cinco anos.
"É uma tendência natural",
pondera Luiz Carlos Costa, 68,
professor de planejamento urbano da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP (Universidade de São Paulo). Segundo ele,
a zona norte tem outras características peculiares. "Quem vive
lá não quer sair, e a sua proximidade com a região central atrai
outros moradores." Antonio
Guedes, da incorporadora Gafisa,
diz que a área não tem um perfil
migratório. "Mesmo os filhos dos
moradores, quando casam, continuam nos distritos vizinhos."
O espaço é reduzido (183,4 quilômetros quadrados compõem a
zona norte, extensão menor do
que a das regiões sul, leste e oeste),
"mas o potencial de crescimento é
ainda fantástico", calcula Maurilio Scacchetti, 46, gerente comercial da incorporadora Rossi. "Sobretudo perto da linha de metrô e
em nichos como a parte alta de
Santana e o Jardim São Bento,
com padrão comparável ao do
Tatuapé. A médio prazo, deverá
haver uma explosão vertical."
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