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CONDOMÍNIO
Elevador moderno é caro, mas compensa
VALDETE DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A descoberta de que os elevadores são um dos grandes vilões
na conta de energia dos condomínios, especialmente após o
racionamento, impulsionou os
fabricantes a criarem acessórios
e equipamentos que otimizam o
uso e reduzem as despesas.
Estimativas de administradores de condomínios e fabricantes revelam que os elevadores
consomem entre 20% e 25% da
conta de energia, em média, podendo chegar a 35% nos prédios
que têm equipamentos ultrapassados. A modernização pode
reduzir as despesas em até 40%.
Os elevadores mais modernos,
introduzidos no país há dez
anos, consomem entre 5% e
10% da conta de energia. São
movidos pelo sistema de frequência variável (VVVF), que
potencializa o uso do motor e
faz com que gastem menos nas
partidas e nas frenagens (momentos que consomem mais),
além de garantir suavida-
de e nivelamento nas paradas.
O VVVF e outros vários acessórios, que
permitem desde uma melhor
performance do equipamento
até a programação dos comandos de forma a evitar a duplicidade ou a multiplicidade de chamadas, podem ser instalados
em elevadores antigos.
O diretor da administradora
de condomínios Itambé, Luís
Henrique Ramalho, orienta
uma boa pesquisa de preços antes de fechar negócio. "São despesas elevadas e não podem ser
assumidas sem planejamento."
Um dos 121 prédios que a Taquari administra desistiu de
modernizar seus elevadores,
despesa orçada em R$ 233 mil.
"Cada morador arcaria com R$
11 mil, um valor alto para ser assumido em pouco tempo", explica o gerente Mário Monteiro.
Para o gerente da Atlas Schindler Adriano Kluwe, uma saída é
fazer os serviços por partes. Mas
a reeducação dos moradores deve vir primeiro. "Desperdícios
como a multiplicidade de chamadas, que aciona o arranque
do motor várias vezes, comum
em prédios com crianças, elevam o consumo em até 15%."
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