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Estatização é 'ineficiente', diz especialista em energia Joerg Husar afirma que setor, quando bem regulado, pode funcionar sem uma estatal JÚLIA BORBADE BRASÍLIA Estatizações de empresas de energia, como as da Argentina e da Bolívia, são anunciadas "com muito alarde", mas acabam sendo ineficientes. A análise é do responsável da Agência Internacional de Energia (IEA) para a América Latina e o Caribe, Joerg Husar, segundo afirmou à Folha. "Muitas vezes, [as estatizadas] sofrem pressão para aumentar as contratações, levando à gestão ineficiente de recursos. Um setor de energia bem regulado pode funcionar muito bem sem uma companhia nacional de petróleo." Segundo Husar, os países que fizeram as expropriações devem amargar uma redução dos investimentos estrangeiros durante os próximos anos. Mas o Brasil não deve sentir o reflexo dessas medidas, já que "os investidores continuam a diferenciar as abordagens na regulação". Os casos de Argentina e Bolívia, diz, são de fato diversos. "No caso da Argentina, reduz a atratividade e provavelmente irá dificultar o desenvolvimento das significativas reservas de gás do país." Quanto ao país andino, afirma, "o governo parece mais consciente do risco da medida em termos de bloquear investimentos". A IEA é uma organização autônoma, sediada em Paris e fundada em 1974, durante a crise do petróleo -serve de fonte de informação e estatísticas e conselheira política de seus 28 países-membros. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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