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Após protesto, governo mexicano promete agir para conter violência
Manifestação na principal praça da capital reuniu 150 mil pessoas no sábado
Marco Ugarte - 30.ago.08/Associated Press
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Mexicanos se reúnem no Zócalo, na capital; narcotráfico deixou cerca de 2.700 mortos neste ano
DA REDAÇÃO
O presidente mexicano, Felipe Calderón (conservador),
convocou ontem uma reunião
extraordinária com membros
do governo para discutir novas
medidas de segurança. O encontro ocorre logo após as manifestações de sábado, quando
milhares de pessoas saíram às
ruas para protestar contra a escalada de violência no país.
Convocados por mais de dez
ONGs, os manifestantes pressionam Calderón a cumprir sua
promessa de conter o surto de
assassinatos e seqüestros.
Mesmo a forte chuva que caía
na Cidade do México não espantou os participantes da
marcha. Vestidas de branco e
com velas nas mãos, cerca de
150 mil pessoas, segundo estimativas da mídia local, caminharam em silêncio pela avenida Reforma, umas das principais vias da capital mexicana,
até a praça do Zócalo, onde cantaram o hino nacional. Manifestações similares foram registradas em 70 cidades do país.
Na última semana, o aparecimento de 16 corpos decapitados na península de Yucatã
horrorizou a população mexicana. Pelo menos 2.700 pessoas foram mortas neste ano
em crimes atribuídos ao narcotráfico, superando os dados de
2007. O número de seqüestrados chega a 300. Recentemente, o governo anunciou um novo programa de segurança que
previa medidas como o combate à lavagem de dinheiro, a demissão de policiais corruptos e
a instalação de novas prisões.
Muitos daqueles que participaram das manifestações portavam fotografias de familiares,
amigos e conhecidos que foram
vítimas de seqüestro. Outros
também carregavam faixas
com pedidos de "Basta de violência" e "Queremos paz".
"O mais frustrante é a insensibilidade das autoridades",
disse o pai de Monica Alejandrina Ramirez, seqüestrada há
quatro anos.
Segundo Eduardo Carillo,
um dos organizadores do ato,
trabalhadores, donas-de-casa
intelectuais, estudantes e empresários participaram da marcha. Em março de 2004, uma
manifestação semelhante reuniu milhares de pessoas para
pedir maior segurança.
Com agências internacionais
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