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Americanos sentem oposição aos EUA crescer
DA REDAÇÃO
O americano Alan Blau, 60,
membro do conselho da American Society, organização que
presta assistência a americanos
recém-chegados ao Brasil, é outro
que atribui o crescimento da oposição aos EUA ao estilo de Bush.
O consultor empresarial, que
mora há 30 anos no Brasil, afirma,
contudo, que as manifestações só
ganharam força porque os brasileiros sentiram que não estavam
sozinhos. "O Brasil viu que o
"mundo" também achou prematura uma invasão do Iraque."
Blau diz que seus amigos e os
empresários com quem convive,
que demonstraram uma grande
solidariedade após o 11 de Setembro, hoje vêem os EUA com ressalvas. "Não houve uma grande
mudança no tratamento para
com os americanos, mas ouço em
muitas conversas uma oposição
muito mais forte, ouço que Bush
está cometendo um grande erro."
Até mesmo a ativista Traci Romine, 40, no Brasil há nove anos,
sentiu "um certo distanciamento"
por parte dos brasileiros pelo fato
de ser americana. Coordenadora
de campanhas da Greenpeace
Brasil, esteve nas marchas pela
paz em Porto Alegre e São Paulo e
afirma ter se sentido incomodada
com manifestações mais extremas de oposição aos EUA.
"Vejo pessoas com camisetas
dizendo "Bin Laden é melhor do
que qualquer americano" e penso:
"Não dá para generalizar tanto assim". Se elas conversassem com
americanos, veriam que muitos
não concordam com Bush. Eu
não sou meu passaporte."
(MB)
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