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Bush lidera elogios à ação de Uribe
Embaixador diz que EUA deram "apoio técnico e logístico" ao resgate; Chávez cala, mas divulga nota
Equador aprova liberação, mas lamenta "ação militar"; para Peru, relações na América Latina melhoram com a liberdade de 15 reféns
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos estavam
informados e cooperaram com
"aspectos técnicos e logísticos"
da operação que liberou Ingrid
Betancourt e outros 14 reféns
das Farc, disse o embaixador
americano na Colômbia, William Brownfield. O diplomata
disse que a cooperação envolveu troca de inteligência, equipamento e treinamento.
George W. Bush ligou para
seu colega colombiano, Álvaro
Uribe, para cumprimentá-lo
pelo resgate. "Ambos falaram
da boa notícia que é a liberação
dos reféns", relatou Gordon
Johndroe, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança.
Segundo ele, Bush disse que
Uribe era "um líder forte". Contou que o colombiano agradeceu ao colega o "apoio e confiança em seu no governo".
"Os EUA pedem que as Farc
soltem imediatamente os outros reféns. (...) Elogiamos o governo da Colômbia por seus esforços de resgatar os reféns",
disse a secretária de Estado
americana, Condoleezza Rice.
O Departamento de Estado
classificou a operação como
"brilhante" e de "enorme sucesso", cujo "mérito exclusivo"
é da Colômbia.
O Equador -invadido pela
Colômbia em março numa operação que matou o número dois
das Farc, Raúl Reyes- recebeu
com "alívio" o resgate, mas lamentou que a ação não tenha
sido fruto de um acordo de paz.
"Pena que não tenha sido um
marco de um processo de paz,
mas um resgate [militar]", afirmou o ministro da Defesa
equatoriano, Javier Ponce.
"O problema é que isso enfraquece a saída política e pode
precipitar ações das Farc, que
se sentem debilitadas."
Nota de Chávez
Até o fechamento desta edição, o presidente da Venezuela,
Hugo Chávez, não se pronunciara. Segundo uma TV estatal,
ele telefonou a Uribe para felicitá-lo. Seu governo celebrou a
notícia em nota na qual pediu
que as Farc libertem os reféns
ainda em seu poder. No ano
passado, Chávez foi afastado
por Uribe da mediação com o
grupo para liberar reféns.
No início deste ano, a guerrilha libertou seis reféns "em desagravo" ao venezuelano, que
então defendeu a legitimidade
política da guerrilha. Posteriormente, foi acusado pela Colômbia de entregar dinheiro e armas às Farc. Chávez nega.
Para o Peru, a notícia é "o
triunfo da democracia sobre o
terrorismo". "Essa liberação
vai ajudar a recompor as relações da América Latina. Era um
tema que estava internacionalizado de tal maneira que gerava dificuldades", disse o chanceler José García Belaunde.
Já para o presidente boliviano, Evo Morales, o resgate é
"importantíssimo para a busca
da paz". "Não estamos em tempos de lutas armadas nem de
lutas denominadas terroristas,
mas de lutas democráticas (...)
que liberam os povos, que liberam a América Latina."
O secretário-geral da OEA
(Organização dos Estados
Americanos), José Miguel Insulza, disse "festejar" a liberação porque nela "se encarnam
os objetivos de paz por que luta
nossa organização".
O premiê espanhol, José Luis
Rodríguez Zapatero, "felicitou"
Uribe e a família de Ingrid. Depois, Uribe agradeceu a Zapatero pelo apoio por telefone.
Com agências internacionais
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