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Furacão mata 14 no Caribe; brasileira está desaparecida
DA REDAÇÃO
O furacão Hanna perdeu força ontem e tornou-se tempestade tropical, após provocar
inundações que mataram 13
haitianos e uma enxurrada que
arrastou estudantes estrangeiros da Universidade de Porto
Rico. O colombiano Sergio Alejandro López Pabón, 29, morreu e a brasileira Fernanda
Okumura Abensur, 22, está desaparecida.
Eles tinham ido acampar
com dois amigos na floresta El
Yunque, no nordeste do país.
Na tarde de anteontem, quando nadavam no rio Blanco, os
jovens foram arrastados por
uma enxurrada provocada pelas fortes chuvas trazidas pelo
Hanna. López morreu ao bater
em uma pedra, e a brasileira desapareceu nas águas.
Até a noite de ontem, a Agência Estatal para Manejo de
Emergências e Administração
de Desastres continuava as
buscas pela brasileira, que se
formou em 2007 na Universidade Federal do Amazonas e fazia mestrado em biologia.
"Mantemos viva a esperança de
que a jovem Okumura seja encontrada com vida", disse o reitor da Universidade de Porto
Rico, Antonio García Padilla.
O Hanna pode voltar a ganhar força antes de atingir a
costa americana, alerta o Centro de Furacões dos EUA. O
país foi atingido nesta semana
pelo furacão Gustav, que deixou pelo menos sete mortos em
Nova Orleans (Louisiana), devastada há três anos pelo Katrina. Antes de chegar aos EUA, o
Gustav provocou 95 mortes no
Caribe -76 apenas no Haiti.
Nova Orleans
Postos de controle foram instalados ao redor de Nova Orleans para impedir o retorno
maciço do 1,9 milhão de moradores que deixaram a cidade
para se proteger do furacão.
Eles só devem voltar quando
serviços básicos, como o abastecimento de energia e água, tiverem sido restabelecidos -o
que não deve ocorrer antes de
quinta-feira, segundo a Guarda
Nacional. Bush visita hoje o Estado, cuja principal cidade teve
cerca de 1,4 milhão de casas, lojas e escritórios danificados.
A temporada de furacões no
oceano Atlântico, que começou
em junho e dura seis meses, está sendo mais agitada que o esperado. Duas novas tempestades tropicais se formaram, elevando para dez o total da temporada -que, em apenas três
meses, já iguala a média histórica por estação. Uma delas, batizada Ike, pode tornar-se furacão hoje e deve atingir o Caribe
no domingo. A Josephine formou-se ontem perto da costa
africana e se move para o oeste.
Com agências internacionais
e FERNANDO SERPONE, da Folha Online
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