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Até meio milhão de goianos vivem fora, diz governo
DA AGÊNCIA FOLHA
A Assessoria para Assuntos Internacionais de Goiás
estima que entre 400 mil e
500 mil goianos vivam hoje
no exterior, a maioria ilegalmente. O Estado tem 4,5 milhões de habitantes.
Segundo o chefe do órgão,
Elie Chidiak, há de 250 mil a
300 mil goianos nos EUA e
de 100 mil a 150 mil na Europa. "Isso representa um buraco para as famílias, que se
endividam para que os parentes viajem. Gastam em
média R$ 36 mil, na maioria
dos casos, sem êxito."
Pela Polícia Federal, foram
emitidos de janeiro a maio
deste ano 10.571 passaportes
no Estado -em todo o ano
de 2003, foram 26.463.
O quadro preocupa à medida que cresce o número de
goianos mortos no exterior.
Só neste ano, segundo o governo, foram oito mortos ao
fazer a travessia para os EUA
ou por falta de assistência.
"Os brasileiros não são
alertados sobre os riscos.
Quando chegam à fronteira,
se vêem sozinhos. Muitos
são presos, humilhados ou
ficam desaparecidos. Há
"coiotes" que seqüestram
uma pessoa da família até receber todo o pagamento."
Chidiak alerta sobre o
crescimento da prostituição
de goianas na Europa. "Há
entre 3.000 e 5.000 mulheres
se prostituindo, 70% são
mães solteiras que se tornam
escravas sexuais para pagar
os gastos com a viagem."
São três grupos, diz: as
profissionais, que vão por
conta própria; as que vão em
busca de outro emprego e lá
descobrem que serão prostitutas; e, o maior, as que sabem que se prostituirão, mas
desconhecem as circunstâncias. "Elas são iludidas pelas
aliciadoras. Saem daqui devendo US$ 700. Quando
chegam lá, a dívida sobe para US$ 5.000."
(AC)
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