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Americanos treinaram 80 georgianos até abril, diz jornal
DA REDAÇÃO
Os EUA realizaram treinamento militar de combate com
80 soldados das forças especiais georgianas de janeiro a
abril deste ano, informou ontem o "Financial Times". Segundo o jornal britânico, uma
segunda etapa dos exercícios
estava prevista para ter início
em 11 de agosto, mas foi abortada pelo conflito entre a Geórgia
e a Rússia, deflagrado apenas
quatro dias antes.
Documentos obtidos e entrevistas realizadas com oficiais
americanos mostram que duas
empresas foram contratadas
pelo Pentágono para treinar os
georgianos em uma base próxima à capital, Tbilisi. Oficialmente, o treinamento, realizado por militares americanos da
reserva, era para integrá-los às
forças da Otan, a aliança militar
ocidental, no Afeganistão.
De acordo com o jornal, não
há provas de que o Departamento de Defesa dos EUA soubesse que os soldados treinados
seriam usados pela Geórgia para tentar retomar a região separatista da Ossétia do Sul. O ex-presidente e premiê russo, Vladimir Putin, acusa os EUA de
terem "orquestrado" a ação.
O vice-presidente americano, Dick Cheney, que, na quinta, esteve na Geórgia com Mikhail Saakashvili e defendeu o
país no conflito, encontrou-se
ontem, em Kiev, com o presidente da Ucrânia, o pró-Ocidente Viktor Yushchenko. O
país é o terceiro e último da viagem de Cheney por três ex-repúblicas soviéticas, que começou no Azerbaijão na quarta.
Em meio à crise política local, que opôs nesta semana
Yushchenko à premiê Yulia
Tymoshenko, Cheney fez um
apelo pela união e defendeu o
ingresso do país na Otan. A melhor maneira de contornar as
ameaças "é unir-se internamente e com outras democracias", disse. O vice americano
também havia defendido o ingresso da Geórgia na Otan.
Na origem da crise ucraniana, está a negativa da premiê
em apoiar plenamente as pretensões de Yushchenko de
aproximação com o Ocidente,
que incluem ainda o ingresso
na União Européia. O presidente acusa Tymoshenko de tomar
atitudes pró-Moscou e ameaça
antecipar as eleições de 2009.
Pesquisas de opinião mostram
que a maioria dos ucranianos
não deseja o ingresso na Otan.
Com agências internacionais
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