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FARSANTE
Benjamin Vanderford se dizia refém de seqüestradores no Iraque
Americano simula decapitação
DA REDAÇÃO
Por cerca de quatro horas, as
agências de notícias divulgaram
ontem que um grupo ligado à
rede terrorista Al Qaeda no Iraque havia decapitado um americano que se dizia refém de seqüestradores no Iraque e pedia
a saída dos EUA do país. A farsa
foi anunciada pela Associated
Press e exibida nas principais
emissoras de TV dos EUA.
A imagem do vídeo com a
"degola" do estudante Benjamin Vanderford, 22, de San
Francisco, havia sido encontrada num site da internet usado
por militantes islâmicos.
No vídeo de 55 segundos,
Vanderford estava sentado numa cadeira num quarto escuro
com as mãos para trás, e o corpo
indo para frente e para trás.
"Precisamos deixar esse país
[Iraque] imediatamente. Caso
contrário, todos serão mortos
dessa maneira", dizia.
O vídeo exibe ainda, em close,
uma faca grande cortando um
pescoço e, na seqüência, o corpo
caído da "vítima".
O cenário para a simulação foi
a garagem da casa de um amigo,
a leitura do Corão era de uma fita gravada, e a faca estava sendo
segurada por um amigo.
Vanderford começou a distribuir o vídeo na internet há três
meses. "Era parte de um golpe
publicitário, mas ninguém havia se dado conta até agora."
Ele queria chamar a atenção
para sua campanha para o cargo
de conselheiro da cidade e mostrar como esse tipo de vídeo pode ser "facilmente adulterado".
O maior motivo, segundo disse
à Reuters, era ver a reação da
mídia e se poderia enganá-la.
A polícia local e agentes do
FBI bateram à sua porta na manhã de ontem, mas não souberam informar se o jovem seria
acusado de cometer um crime.
Nos últimos quatro meses aumentou o número de reféns no
Iraque. A maioria foi libertada,
mas pelo menos dez foram
mortos pelos seqüestradores, e
20 pessoas ainda estão sido
mantidas em cativeiro no país.
Ainda ontem, uma empresa
turca anunciou sua retirada do
Iraque, após a TV turca transmitir um vídeo em que um motorista de caminhão era seqüestrado no Iraque. Ele exortava
seus colegas caminhoneiros a
não trabalharem no Iraque.
Com agências internacionais
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