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Polarização partidária aumenta importância de Estados-pêndulo
DA REDAÇÃO
A importância dos Estados-pêndulo é ainda maior neste ano
porque está havendo uma radicalização das posições. Os Estados
de maioria democrata estão ficando ainda mais democratas, e o
mesmo vale para os republicanos.
Kathleen Jamieson, da Universidade da Pensilvânia, nota que há
um padrão na divisão da população em conservadores e progressistas. "O sul se tornou quase um
sólido bloco republicano. Estados
que têm grandes áreas rurais tendem a ser republicanos. Áreas urbanas tendem a ser democratas."
Para Thomas Schaller, professor de ciências políticas da Universidade de Maryland, a polarização aumenta por conta de "tendências político-geográficas": "As
pessoas tendem a se mudar para
comunidades que pensam de maneira semelhante. Além disso,
sem nenhuma competição oferecida pelo partido que desistiu do
Estado, o outro partido tem mais
chances de aumentar sua base,
criando uma maior polarização
do que deveria haver de fato".
Já Curtis Gans, do Comitê para
o Estudo do Eleitorado Americano, atribui a divisão a George W.
Bush. "Esse presidente talvez seja
o que mais tenha dividido a nação
desde Lyndon Johnson [1963-69]
e a Guerra do Vietnã."
David Moore, analista sênior do
Gallup, destaca um dado que reforça a tese de Gans: neste ano há
um número bem menor de eleitores indecisos. "Entre democratas,
somente 12% aprovam Bush como presidente. Entre republicanos, é perto de 90%. Essa é uma
imensa diferença. Se olharmos os
índices de Jimmy Carter [1977-81], ao invés de haver uma diferença de 70 ou 80 pontos percentuais entre os partidos, talvez encontremos apenas 40 ou 50",
acrescenta Moore.
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