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Mulheres terão presença pequena
DA AGÊNCIA FOLHA
Símbolo da opressão dos seis
anos de Taleban no Afeganistão,
as mulheres ainda lutam para encontrar representatividade. Um
sinal claro disso é a presença na
Loya Jirga, estimada em apenas
200 mulheres entre 1.501 delegados. Dessas, 160 estão lá por cotas
-100 garantidas como fração mínima e 60 por subcotas adotadas
em cada categoria de delegados.
As mulheres são cerca de metade
dos 27 milhões de afegãos.
A ONU espera apenas 40 mulheres eleitas entre os distritos
eleitorais. Parece pouco, mas é
um avanço comparado ao regime
anterior, quando mulheres eram
obrigadas a se cobrir inteiramente
com a tradicional burga e foram
banidas de escolas, hospitais e
serviços públicos.
""O problema é que as mulheres
afegãs ainda não sabem como se
comportar", disse a agências de
notícias Soraya Parlica, líder de
uma organização de advogadas
em Cabul. Em 20 de novembro, a
Folha presenciou Parlica comandar a primeira passeata de mulheres em favor de liberalização por
parte da Aliança do Norte.
A vida parece estar voltando ao
normal para as mulheres. A burga
ainda é vastamente usada, até
porque essa é uma tradição tribal
pashtu, mas rostos descobertos
são mais frequentes.
No governo interino, a voz mais
ativa é a tadjique Suhaila Seddigu,
ministra da Saúde. Ex-cirurgiã
por 20 anos antes do Taleban, ela
tem, assim como Parlica, assento
na Loya Jirga.
(IG)
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