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"Bright" vê ameaça à divisão entre
igreja e Estado
DA REPORTAGEM LOCAL
Mynga Futrell é autora de
livros para professores secundários. É também uma
das fundadoras do movimento "bright".
(JBN)
Folha - A divisão entre igreja e Estado está ameaçada?
Mynga Futrell - O governo
Bush tem atropelado esse
princípio, ao fazer com que,
em lugar do governo, sejam
entidades filantrópicas ligadas a igrejas que recebam
fundos para atividades sociais.
Folha - O peso da religião
nos EUA leva europeus a comparar seu país com o mundo
islâmico. É um exagero?
Futrell - Tem crescido aqui
a receptividade a uma visão
mais fundamentalista das
religiões. O fundamentalismo é perigoso porque sinaliza o modelo teocrático. Claro que não estamos lá, mas
temos dado passos nessa direção.
Os americanos acreditam
que é bom que no Iraque as
mesquitas sejam afastadas
da política. Mas têm dificuldades em aplicar o mesmo
raciocínio aos EUA.
Folha - A Corte Suprema vai
julgar o caso da família agnóstica que não quer que sua
filha fique exposta à menção
"sob a proteção de Deus", recitada por professores. Como
vocês reagirão?
Futrell - Seria uma vitória
importante se essa menção
deixasse de existir. O outro
lado disso é que tal vitória
poderia levar o Congresso a
aprovar uma emenda que
autorizasse a menção e comprometesse a dimensão laica
do Estado.
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