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Grupo ameaça mutilar americano
DA REDAÇÃO
Em um vídeo transmitido pela
rede de TV árabe Al Jazeera, do
Qatar, um seqüestrador iraquiano disse que seu grupo irá matar e
mutilar um refém americano se
os Estados Unidos não levantarem o cerco a Fallujah, onde ao
menos 280 iraquianos morreram
nos últimos dias. Outro grupo
que mantém três japoneses como
reféns disse que iria libertá-los.
"Nossa única exigência é que o
cerco à cidade das mesquitas [Fallujah] seja desfeito dentro de 12
horas a contar das 18h [de ontem]", disse o seqüestrador. Caso
isso não aconteça, ameaçou o seqüestrador, o refém será morto de
uma maneira "pior do que a morte dos que foram assassinados e
queimados" em Fallujah.
As imagens exibidas pela Al Jazeera mostram o mesmo refém
que, no início da manhã de ontem, havia sido mostrado pela rede de TV australiana ABC e identificado com Thomas Hamill. Na
entrevista, Hamill afirmou que fazia parte de um comboio que havia sido atacado.
Em novo vídeo divulgado ontem, um grupo iraquiano disse
manter 30 estrangeiros seqüestrados e ameaçou decapitá-los.
"Exigimos a retirada das tropas
americanas e de coalizão. Temos
reféns japoneses, búlgaros, israelenses, americanos, espanhóis e
coreanos. São 30", disse um homem mascarado, com um rifle
Kalashnikov. "Se a América não
levantar o bloqueio a Fallujah,
suas cabeças serão cortadas", disse o suposto seqüestrador.
Drama japonês
Surpreendendo o governo do
Japão, o Saraya al Mujahideen,
grupo que mantém três civis japoneses como reféns, declarou que
eles seriam libertados hoje. Segundo a rede Al Jazeera, a libertação atende a um pedido da Associação dos Cléricos Muçulmanos.
Abdel Satar Abdel Jabar, membro da associação, disse à agência
Reuters que seu grupo fez um pedido para que todos os estrangeiros não ligados às forças de ocupação fossem libertados.
Os seqüestradores haviam
ameaçado queimar os reféns vivos hoje caso as tropas japonesas
não abandonassem o Iraque. O
seqüestro aumentou a pressão da
população sobre o governo do
premiê Junichiro Koizumi, que se
recusa a retirar as tropas japonesas do Iraque. O Japão mantém
530 homens no sul do país cuja
missão é supervisionar os trabalhos de reconstrução.
A crise dos seqüestrados deverá
ser o principal assunto da visita
do vice americano, Dick Cheney,
ao Japão, onde chegou ontem, no
início de uma viagem pela Ásia.
Centenas de manifestantes têm
exigido que o governo japonês retire as tropas do Iraque para salvar os seqüestrados, mas Koizumi
está irredutível.
Com agências internacionais
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