DE CARACAS

Em decisão esperada, o líder opositor venezuelano Leopoldo López teve ontem sua inscrição como candidato ao governo da região metropolitana de Caracas negada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O prefeito de Chacao, um dos municípios da capital venezuelana, é um dos 272 políticos -na grande maioria, antichavistas- impedidos de disputar as eleições regionais de novembro por decisão da Controladoria-Geral da República.
"Acaba de se materializar o delito de violação de direitos humanos de nos impugnar politicamente. É um atentado aos venezuelanos e ao seu direito de escolha", disse o líder opositor a um batalhão de jornalistas, ao ter seu registro formalmente rechaçado pelo escritório regional do CNE.
López é considerado o principal nome da oposição após as eleições presidenciais de 2006 e vem liderando as pesquisas de opinião para a corrida ao governo metropolitano.
A lista foi feita pelo controlador-geral da República, Clodosbaldo Russián, alegando que os impugnados cometeram práticas de corrupção e irregularidades administrativas. Nenhum dos políticos da lista, no entanto, foi condenado.
Segundo o artigo 65 da Constituição venezuelana, só perdem o direito a se candidatar "condenados e condenadas por delitos cometidos no exercício de suas funções".
Na semana passada, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), controlado pelo chavismo, ratificou a lista de Russián, ao considerar que se trata de uma medida constitucional.
(FM)

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