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IRAQUE SOB TUTELA
Pelo menos 5 morrem em atentados em Bagdá e Basra
Corte dos EUA condena 2º por tortura em Abu Ghraib
DA REDAÇÃO
O primeiro membro dos serviços de inteligência militar dos Estados Unidos a ser julgado pelo
escândalo na prisão iraquiana de
Abu Ghraib foi condenado ontem
por uma corte marcial norte-americana em Bagdá a oito meses
de prisão, além de ter sido expulso da corporação por má conduta. Armin J. Cruz, 24, de Plano
(Texas), declarou-se culpado
pouco após a corte marcial ter
aberto a audiência, em Bagdá, às
9h30 locais (2h30 de Brasília).
O soldado do 502º batalhão de
Inteligência militar foi denunciado por ordenar outros companheiros de farda a obrigar os detentos a se despirem com as mãos
algemadas e a se arrastarem nus
no chão da penitenciária, segundo o auto de acusação.
Ele também foi acusado de
conspiração com a Polícia Militar
para poder dissimular as torturas
contra os prisioneiros iraquianos
e de ter maltratado subordinados
para que não revelassem o que
acontecia no local.
Em maio, Jeremy C. Sivits, da
372ª companhia da Polícia Militar, já fora considerado culpado
da acusações de maus-tratos de
prisioneiros iraquianos, negligência por não proteger prisioneiros
sob sua custódia, assim como de
crueldade e abuso de poder. Sivits
fui condenado a um ano de prisão, redução de posto de "especialista" a soldado raso e expulsão
do Exército por má conduta.
Em Basra, duas pessoas morreram e três se feriram depois que
uma bomba explodiu perto da
Embaixada dos EUA.
Em Bagdá, pelo menos um iraquiano morreu e outros quatro ficaram feridos após a explosão de
um artefato de fabricação caseira
no bairro de Al Karrada, segundo
informou o Exército dos EUA.
Moradores afirmam que o número de mortos é de pelo menos
dois. O impacto da explosão destruiu vários carros e quebrou os
vidros de muitas casas ao redor.
Em Baquba (sul), um general da
Guarda Nacional e seu motorista
morreram depois que o carro em
que seguiam foi metralhado por
atiradores. Na mesma cidade, a
mulher e os três filhos de um chefe da uma das forças especiais iraquianas foram seqüestrados por
homens armados, em Baquba (90
km ao norte de Bagdá).
Em Roma, dezenas de milhares
de pessoas carregando velas participaram de uma manifestação silenciosa para pedir "a libertação
das duas Simona", as duas jovens
italianas seqüestradas em Bagdá.
Autoridades sunitas iraquianas
disseram que se trata de "um genocídio" os ataques dos EUA contra as cidades de Tall Afar (norte)
e Fallujah, na quinta-feira.
Em uma palestra no Clube de
Imprensa de Washington, o secretário de Estado dos EUA, Donald Rumsfeld, previu um aumento dos ataques dos rebeldes,
que querem levar ao fracasso o
processo eleitoral iraquiano. "Daqui até o fim do ano os terroristas
se mostrarão determinados a impedir que as eleições [previstas
para janeiro de 2005] se realizem.
E irão aumentar o nível de violência nesse período", disse.
A Federação Internacional de
Ligas de Direitos Humanos
(FIDH) pediu ontem, em uma
carta aberta, que o próximo presidente dos EUA [a ser eleito em 2/
11] mude a estratégia na luta contra o terrorismo, já que o atual teria se mostrado, segundo o documento, "um desastre humano e
político" no Afeganistão e Iraque.
O último contingente de tropas
tailandesas, de cem soldados, deixou o Iraque na sexta-feira após
cumprir sua missão humanitária
Com agências internacionais
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